Serviços gratuitos de conversão de ficheiros aumentam riscos dos utilizadores

Uma das ameaças na web envolve a utilização de serviços online gratuitos para converter ficheiros em diferentes. Estes websites, que oferecem uma conversão rápida e gratuita de um ficheiro .pdf em .doc ou de uma imagem .heic em .jpg, podem expor os utilizadores a ciberameaças, alerta a Kaspersky.

Os utilizadores individuais e empresariais que lidam regularmente com a conversão de ficheiros utilizam-nos frequentemente com pressa e podem ignorar alguns dos riscos associados a estas ferramentas “gratuitas”. Existem softwares, disponíveis para sistemas operativos móveis e desktop, que protegem os utilizadores para este tipo de ameaças e que são excelentes opções para utilizadores que recorrem a tarefas de conversão. Contudo, estes mecanismos de defesa requerem um preço de subscrição que muitos utilizadores não estão dispostos a pagar.

Em ambientes empresariais, este software pode não estar disponível para uma instalação rápida e fácil. Como resultado, os utilizadores recorrem a serviços online gratuitos, com sérios riscos de cibersegurança associados à utilização de serviços online gratuitos para converter imagens, documentos e outros tipos de ficheiros.

“Embora os serviços gratuitos de conversão de ficheiros online ofereçam uma conveniência inegável, representam um ponto cego crescente em termos de cibersegurança, especialmente porque os fluxos de trabalho digitais dependem cada vez mais de soluções que são supostamente rápidas e convenientes. O verdadeiro perigo não reside apenas nos riscos imediatos de exposição de dados ou malware, mas na forma como estes serviços podem evoluir. À medida que mais utilizadores confiam ficheiros sensíveis a estas plataformas, o incentivo para que os cibercriminosos os explorem só irá aumentar”, afirma Marc Rivero, Investigador Principal de Segurança, Equipa de Investigação e Análise Global da Kaspersky, em comunicado.

Entre as ciberameaças apontadas pela Kaspersky, está o risco de privacidade e dados, com o utilizador a arriscar-se a expor dados sensíveis ou confidenciais ao fornecedor de serviços; ameaças de malware e phishing, com alguns destes serviços duvidosos a poder modificar ficheiros ou incluir código malicioso no resultados; ou até ataques Man-in-the-Middle, onde os atacantes podem intercetar ficheiros se o serviço utilizar protocolos de comunicação inseguros, ou se o próprio website estiver comprometido.