Threats
As operações estão a tornar-se “cada vez mais sofisticadas”. “Grande e eficaz capacidade de espionagem cibernética” inclui elementos do Ministério da Segurança do Estado, do Exército de Libertação Popular e de ‘hackers patrióticos’”
18/07/2023
Um novo relatório do Comité de Inteligência e Segurança revela que cibercriminosos ligados ao governo chinês atacam “frequentemente” deputados britânicos. O inquérito, lançado em 2019, visava compreender como o governo britânico está a responder aos riscos de segurança nacional provenientes da China. De acordo com o Comité, a compreensão britânica sobre a abordagem da China ao nível das operações cibernéticas “melhorou claramente nos últimos anos”. No entanto, as operações estão a tornar-se, ao mesmo tempo, “cada vez mais sofisticadas”. Investigadores da área da segurança e especialistas em inteligência têm alertado para a capacidade da China ao nível de uma “grande e eficaz capacidade de espionagem cibernética”, que inclui elementos do Ministério da segurança do Estado, do Exército de Libertação Popular e de outros atores, considerados ‘cibercriminosos patrióticos’. As ações destes indivíduos culminaram na invasão de sistemas de IT de governos e do setor privado para roubar IP e compreender as vulnerabilidades existentes. O relatório destacou ainda os ataques russos de 2016 e 2017 à rede de energia ucraniana, como resultado de uma operação cibernética ofensiva. Também o setor de energia do Reino Unido foi alvo de um ataque, com ataques a pelo menos uma empresa, que viu as suas informações sensíveis comprometidas e roubadas. Com uma abordagem de “o Estado como um todo”, as empresas estatais e não estatais chinesas estão sujeitas a serem escolhidas para operações de espionagem e interferência. O documento, que se concentra no “tamanho, na ambição e na capacidade da China que permitiram que penetrasse, com sucesso, em todos os setores da economia britânica”, critica ainda a aceitação do investimento chinês em setores críticos por parte do governo britânico. |