Threats
A Check Point indica que 31% das empresas nacionais foram, durante o mês de junho, impactadas pelo Emotet e a empresa alerta, ainda, para um novo malware que tem como alvo os utilizadores de online banking
13/07/2022
A Check Point Research (CPR) publicou o mais recente Índice Global de Ameaças de junho de 2022. Entre as principais conclusões, destaca-se um novo malware de banking, Malibot, que surge no seguimento do derrube do FluBot no final de maio. A CPR alerta ainda para as 31% empresas que em Portugal foram impactadas pelo trojan Emotet, que a nível global também é o mais perigoso. Embora descoberto recentemente, o MaliBot, um malware bancário, já alcançou o terceiro lugar na lista de malware móvel mais comuns. Disfarça-se de aplicações de mineração de criptomoeda sob diferentes nomes e dirige-se a utilizadores de serviços bancários móveis para roubar informação financeira. Semelhante ao FluBot, o MaliBot utiliza técnicas de smishing para atrair as vítimas a clicar num link malicioso que as redireciona para o download de uma aplicação falsa contendo o malware. Também este mês, o notório malware Emotet é ainda a ameaça mais comum em geral. O Snake Keylogger vem em terceiro lugar após um aumento de atividade desde que apareceu em oitavo lugar no mês passado. A principal funcionalidade do Snake é gravar as teclas dos utilizadores e transmitir os dados recolhidos aos agentes da ameaça. Apesar de em maio a CPR ter observado o Snake Keylogger a ser disseminado via ficheiros PDF, recentemente foi difundido através de e-mails contendo anexos de Word marcados como pedidos de cotações. Os investigadores alertam ainda para a nova variante do Emotet em junho que tem capacidades de roubo de cartões de crédito e tem como alvo os utilizadores do navegador Chrome. “Embora seja sempre bom ver a aplicação da lei ser bem-sucedida no derrube de grupos de cibercrime ou malware como o FluBot, infelizmente não demorou muito para que um novo malware móvel tomasse o seu lugar”, afirma Maya Horowitz, VP Research na Check Point Software. “Os cibercriminosos estão bem conscientes do papel central que os dispositivos móveis desempenham na vida de muitas pessoas e estão sempre a adaptar e a melhorar as suas táticas para corresponder. O cenário de ameaças está a evoluir rapidamente, e o malware móvel é um perigo significativo tanto para a segurança pessoal como empresarial. Nunca foi tão importante dispor de uma solução robusta de prevenção de ameaças móveis”. A CPR revela também que o "Apache Log4j Remote Code Execution" é a vulnerabilidade mais frequentemente explorada, com impacto em 43% das organizações em todo o mundo, seguido de perto pelo "Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure", que tem um impacto global de 42,3%. O "Web Servers Malicious URL Directory Traversal" está em terceiro lugar, com um impacto global de 42,1%. Indústrias mais atacadas em Portugal
Famílias de malware mais comuns em junhoEste mês, o Emotet é ainda o malware mais popular com um impacto global de 14%, seguido pelo Formbook e Snake Keylogger, cada um com impacto em 4,4% das organizações a nível mundial. Portugal seguiu a tendência global, apresentando, contudo, um impacto mais significativo, com 31% das organizações portuguesas impactadas pelo trojan Emotet em junho. Em segundo lugar, o Formbook, com um impacto de 9%. Seguiu-se o Snake Keylogger, responsável por impactar 6% das organizações nacionais.
Indústrias mais atacadas no mundo
Vulnerabilidades mais exploradas
Principais Malwares móveis
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