Threats
Através do sistema de Phishing-as-a-Service, os cibercriminosos podem alugar ou comprar kits de phishing para roubar números de cartões de crédito ou credenciais de acesso a contas bancárias
14/11/2024
O panorama de cibersegurança no sistema financeiro está a evoluir rapidamente, devido ao aparecimento de ameaças cada vez mais sofisticadas e direcionadas. Ao longo deste ano, verificou-se um crescimento significativo de Trojans bancários, um tipo de malware que recorre a técnicas avançadas para roubrar credenciais e dados financeiros, de acordo com mais recente relatório sobre a evolução do cibercrime da S21Sec. Com a chegada da inteligência artificial, o cenário do cibercrime está a transformar-se, principalmente em técnicas de engenharia social utilizadas para enganar as vítimas, com o objetivo de recolher informações confidenciais como números de cartões de crédito ou credenciais de acesso a contas bancárias. O aumento deste tipo de crimes, como o roubo de identidade, o phishing através de mensagens de texto, phishing de voz ou a utilização de vídeos manipulados, representa um desafio crescente para a indústria, que à medida que a digitalização do setor avança parece cada vez mais expostas. Como consequência direta dos avanços tecnológicos do cibercrime, foi criado o fenómeno do Phishing-as-a-Service (PaaS). O PaaS possibilita que os cibercriminosos possam alugar ou comprar kits de phishing reduzindo as barreiras de entrada para a realização destes ataques. Hugo Nunes, responsável pela equipa de Threat Intelligence da S21Sec, salienta a diversidade do tipo de ciberataques existentes atualmente: “os agentes maliciosos encontraram várias formas de atingir os seus objetivos graças à IA. Entre estas formas está o ‘vishing’, que implica o uso de chamadas telefónicas para enganar a vítima, e no qual a IA melhorou a capacidade de simular vozes reais e automatizar chamadas em grande escala, aumentando a eficácia do ciberataque; e o ‘QRishing’, que se baseia na utilização de códigos QR para direcionar as vítimas para sites maliciosos. Com a ajuda da IA, os atacantes podem gerar e distribuir estes códigos QR falsos que parecem seguros, facilitando assim o roubo de credenciais ou outras informações sensíveis”. |