Threats

Nova variante do Phorpiex já roubou meio milhão de dólares

Os investigadores da Check Point acreditam que o novo Twizt pode tornar-se ainda mais estável e perigoso

22/12/2021

Nova variante do Phorpiex já roubou meio milhão de dólares

A Check Point Research (CPR) detetou uma nova variante do botnet Phorpiex, ameaça conhecida pelos ataques de sextortion e crypto-jacking, uma técnica cibercriminosa em que o atacante utiliza os recursos das vítimas para gerar criptomoeda. A nova variante – Twizt – opera sem servidores C&C ativos, o que significa que cada computador infetado pode contribuir para a disseminação do botnet. A CPR estima que o Twizt tenha roubado quase meio milhão de dólares em criptomoedas e novas funcionalidades da variante fazem os investigadores acreditar que o botnet pode tornar-se ainda mais estável e, por isso, mais perigoso.

Segundo a CPR, o Twitz utiliza uma técnica chamada “crypto clipping” – roubo de criptomoeda durante as transações através da utilização de um malware que substitui automaticamente o endereço de wallet intencionado pelo endereço de wallet do agente malicioso. No período de um ano, entre novembro de 2020 e novembro de 2021, os bots do Phorpiex roubaram 969 transações, roubando 3.64 Bitcoin, 55.87 Ether e 55 mil dólares em tokens ERC20. O valor dos ativos roubados a preços correntes corresponde a quase meio milhão de dólares. Os países mais visados são a Etiópia (19,3%), a Nigéria (13,4) e a Índia (12,8%). 

“Há três grandes riscos envolvidos com a nova variante do Phorpiex. Primeiro, o Twizt utiliza o modelo peer-to-peer e consegue receber comandos e atualizações de milhares de outras máquinas infetadas. Um botnet peer-to-peer é mais difícil de derrubar. Isto faz com que o Twizt seja mais estável que versões anteriores de bots Phorpiex. Em segundo lugar, tal como versões anteriores do Phorpiex, o Twizt consegue roubar critpomoeda sem qualquer comunicação C&C, portanto, é mais fácil escapar dos mecanismos de segurança, como as firewalls. Terceiramente, o Twitz corre mais de 30 cripto wallets diferentes de blockchains diferentes, incluindo as principais, como Bitcoin, Ethereum, Dash, Monero. Isto faz com que a superfície de ataque seja enorme, e que basicamente qualquer pessoa que esteja a utilizar cripto possa ser afectada”, afirma Alexander Chailytko, Cyber Security Research & Innovation Manager da Check Point Software, que recomenda que “todos os utilizadores de criptomoeda a verificarem duas vezes os endereços de wallet que copiam e colam, pois pode muito bem estar a enviar inadvertidamente o seu crypto para as mãos erradas”.


NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT SECURITY Nº20 Outubro 2024

IT SECURITY Nº20 Outubro 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.