Threats
O relatório da HP revela que o uso de ferramentas como a inteligência artificial generativa e kits de malware está a reduzir o tempo e as competências necessárias para desenvolver as componentes de ataque
23/01/2025
O mais recente Threat Insights Report da HP destaca como é que os agentes de ameaças estão a utilizar kits de malware e a Inteligência Artificial (IA) generativa para melhorar a eficiência dos seus ataques. O recurso a estas ferramentas está a reduzir o tempo e as competências necessárias para desenvolver as componentes de ataque, o que permite que os cibercriminosos se possam concentrar em experimentar técnicas para evitar a deteção e enganar as vítimas. O relatório oferece uma análise de ciberataques reais, para ajudar as organizações a manterem-se atualizadas sobre as mais recentes técnicas que os cibercriminosos estão a utilizar para evitar a deteção e comprometer dispositivos. Os investigadores da HP observaram grandes campanhas de propagação dos malwares VIP Keylogger e 0bj3ctivityStealer, que recorrem às mesmas técnicas e loaders. Em ambas as campanhas, o código malicioso é ocultado em imagens de sites de alojamento de ficheiros. Estas técnicas auxiliam os cibercriminosos a contornar a deteção. Além disso, foi identificada uma campanha de Trojan XWorm que utiliza HTML malicioso para descarregar e executar malware. Semelhante à campanha AsyncRAT, o loader apresenta características que indicam que pode ter sido escrito com o auxílio de IA generativa. De acordo com o relatório, os cibercriminosos também estão a comprometer ferramentas de batota para videojogos e repositórios de modificações no GitHub, através da introdução do malware Lumma Stealer que furta palavras-passe, carteiras de criptomoedas e informações do browser. Os utilizadores que desativam as ferramentas de segurança para usar 'cheats' são mais vulneráveis a ataques, especialmente na ausência de tecnologia de isolamento instalada. “As campanhas analisadas fornecem mais provas da mercantilização do cibercrime. Como os kits de malware-by-numbers estão cada vez mais disponíveis, acessíveis e fáceis de utilizar, até os principiantes com competências e conhecimentos limitados, podem montar uma cadeia de infeção eficaz. Se juntarmos a IA generativa para escrever os guiões, as barreiras à entrada tornam-se ainda mais baixas. Isto permite que os grupos se concentrem em enganar os seus alvos e em escolher a melhor carga útil para o trabalho – por exemplo, visando os jogadores com repositórios de batota maliciosos”, afirma Alex Holland, Investigador Principal de Ameaças no Laboratório de Segurança da HP. |