Threats
Os ciberataques levados a cabo por cibercriminosos iranianos têm como alvo diversas campanhas eleitorais
25/08/2024
O FBI acusou o Irão de ser o principal responsável pelo recente ciberataque que teve como alvo a campanha eleitoral do ex-presidente norte-americano e candidato republicano Donald Trump. Esta nova revelação reforça a constante ameaça de intervenção nas eleições dos Estados Unidos da América, com o país do Médio Oriente a tentar utilizar as tensões sociais e a influenciar os resultados eleitorais. O episódio veio a público depois da campanha de Donald Trump ter emitido um comunicado onde afirmava ter sido alvo de um ciberataque, apontando o dedo ao Irão. Dias antes, a Microsoft publicou um relatório onde apresentava tentativas de interferência por parte de agentes estrangeiros na campanha presidencial norte-americana. Os detalhes divulgados revelam que Roger Stone, um dos aliados de longa data de Donald Trump, foi um dos alvos depois de ter visto a sua senha de email roubada. Foram ainda relatadas tentativas de exfiltração de documentos confidenciais, alguns deles publicados na internet. Foi ainda reportada uma tentativa de invasão de contas de emails ligadas à campanha da candidata democrata Kamala Harris, mas sem sucesso. O comunicado lançado em conjunto pelo Office of the Director of National Inteligence (ODNI), pela Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) e pelo FBI realça a intenção do Irão de suscitar dúvidas sobre a estabilidade das instituições democráticas dos Estados Unidos e de realizar atividades cibernéticas ofensivas a diversos níveis de forma a recolher informações. “O Irão considera que as eleições deste ano são particularmente importantes em termos do impacto que poderão ter nos seus interesses de segurança nacional, o que aumenta a tendência do Teerão de forma a tentar influenciar o resultado”, pode ler-se no comunicado. A CISA e o FBI confirmaram que os relatórios recentes sobre os alegados ataques iranianos à campanha do candidato à Casa Branca são verdadeiros, sendo atribuídos a indivíduos financiados pelos Estado iraniano. O recente ciberataque faz parte de uma campanha mais alargada para interferir nos resultados das eleições norte-americanas, agendadas para novembro deste ano. Países como o Irão e a Rússia recorrem a táticas usadas em ciclos eleitorais anteriores, não só nos Estados Unidos, mas também noutros países. |