Threats
De acordo com a Check Point, o Lokibot também impacta 9% das empresas, sendo, em conjunto com o Emotet, as principais ameaças às organizações nacionais
16/05/2022
A Check Point Research (CPR) publicou o mais recente Índice Global de Ameaças, referente a abril de 2022. Os investigadores reportam que o Emotet continua a ser o malware mais impactante, afetando 6% das organizações em todo o mundo. Em Portugal, também o Emotet foi líder, impactando 9% das organizações, seguindo-se o Lokibot e o Formbook, dois infostealers que este mês subiram na lista. A classificação alta do Emotet em março a nível global (10%) deveu-se principalmente aos esquemas temáticos associados à Páscoa. Por outro lado, o decréscimo em relação ao mês anterior pode ser explicado pela decisão da Microsoft de desativar os macros específicos associados a ficheiros Office, afetando a forma como o Emotet é implementado normalmente. Há investigações que indicam que o Emotet tem um novo método de implementação, utilizando e-mails de phishing que contêm um URL de OneDrive. O Emotet tem muitas utilizações depois de conseguir contornar as proteções de um dispositivo. Devido às suas sofisticadas técnicas de propagação e assimilação, o Emotet também proporciona outros malwares a cibercriminosos em fóruns da dark web, incluindo trojans bancários, ransomwares, botnets, etc. Desta forma, assim que o Emotet encontra uma falha de segurança, as consequências podem variar dependendo de que malware foi instalado depois de a falha ter sido comprometida. Mais abaixo no índice, o Lokibot, um infostealer, voltou a entrar na lista em sexto lugar após uma campanha de spam de alto impacto, implementando um malware através de ficheiros .xlsx feitos para parecerem faturas legítimas. Isto, e a ascensão de Formbook, alterou significativamente a posição de outros malwares no índice com o Trojan avançado de acesso remoto (RAT) AgentTesla, por exemplo, caindo de segundo para terceiro lugar. No final de março, foram encontradas vulnerabilidades na Framework Java Spring, conhecido como Spring4Shell, e desde então, muito atacantes têm aproveitado a ameaça para espalhar o Mirai, o nono malware mais predominante deste mês. “Com a paisagem de ciberameaças em constante evolução e com grandes corporações como a Microsoft a influenciar os parâmetros em que os cibercriminosos podem operar, os atacantes têm de se tornar mais criativos na forma como distribuem malware, como é evidente no novo método de implementação agora utilizado pelo Emotet”, afirma Maya Horowitz, VP Research da Check Point. “Além disso, este mês vimos a vulnerabilidade da Spring4Shell a entrar nas manchetes. Embora ainda não esteja no top dez da lista de vulnerabilidades, é de notar que mais de 35% das organizações em todo o mundo já foram afetadas por esta ameaça só no seu primeiro mês, pelo que esperamos vê-la subir na lista nos próximos meses”. A CPR revela também que este mês em Portugal a área da Educação foi a mais afetada por ataques, substituindo a Saúde que ocupa agora o segundo lugar, seguido da área das Utilities como as mais afetadas em Portugal. Já na Europa as áreas mais afetadas são a da Educação, a Administração Pública/Setor Militar e as Utilities. Globalmente, a Educação/Investigação continua a ser a indústria mais afetada pelos cibercriminosos. A vulnerabilidade “Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure” é a vulnerabilidade mais explorada, com um impacto em 46% das organizações por todo o mundo, seguida de perto pelo “Apache Log4j Remote Code Execution”. “Apache Struts ParametersInterceptor ClassLoader Security Bypass” sobe vários lugares, estando agora em terceiro lugar, com um impacto global de 45%. Famílias de malware mais prevalentes em abrilEste mês, o Emotet continua a ser o malware mais popular com impacto de 6% das organizações a nível mundial, seguido de perto pelo Formbook, responsável por impactar 3% das organizações e pela AgentTesla com um impacto global de 2%. Em Portugal, também o Emotet é o malware mais impactante, afetando cerca de 9% das organizações portuguesas. Com o mesmo nível impacto, seguiu-se o Lokibot, com 9%. Em segundo lugar, esteve o Formbook, com um impacto de 4,45%.
Indústrias mais atacadas em Portugal Este mês, o setor da Saúde foi o mais atacado em Portugal, seguido pela Educação/Investigação e, em terceiro, as Utilities.
Indústrias mais atacadas na Europa Este mês, Educação/Investigação é o setor mais atacado a nível europeu, seguido pela Administração Pública/Indústria Militar e, em terceiro lugar, as Utilities.
Indústrias mais atacadas no mundo Este mês, Educação/Investigação é o setor mais atacado globalmente, seguido pela Administração Pública/Indústria Militar e ISP/MSP.
Vulnerabilidades Mais Exploradas Este mês "Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure" é a vulnerabilidade mais explorada, com um impacto global de 46% nas organizações, seguido de perto pelo "Apache Log4j Remote Code Execution" com um impacto global de 46%. "Apache Struts ParametersInterceptor ClassLoader Security Bypass" está agora em terceiro lugar na lista das vulnerabilidades mais exploradas, com um impacto global de 45%.
Principais malwares móveis Este mês, o AlienBot fica em primeiro lugar na lista de malware móveis mais prevalentes, seguido pelo FluBot e pelo xHelper.
O Índice de Impacto Global de Ameaças e o ThreatCloud Map da Check Point Software são proporcionados pela inteligência da ThreatCloud. A ThreatCloud fornece threat inteligence em tempo real derivada de centenas de milhões de sensores em todo o mundo, sobre redes, endpoints e dispositivos móveis. A inteligência é enriquecida por mecanismos IA e dados de investigação exclusivos da Check Point Research, área de Threat Intelligence da Check Point Software Technologies |