Threats
Durante o mês de dezembro 2021, e de acordo com a Check Point, 8% das organizações nacionais foram afetadas pelo trojan bancário Dridex e o setor jurídico foi, de uma forma geral, o setor mais atacado
17/01/2022
A Check Point Research (CPR) publicou o Índice Global de Ameaças referente a dezembro de 2021. Num mês que viu surgir a vulnerabilidade no Apache Log4j, os investigadores relatam que o Trickbot é ainda o malware mais prevalente, apesar de, em dezembro, apresentar uma menor taxa de impacto de 1% entre as organizações de todo o mundo em comparação com o mês passado (em novembro, o impacto foi de 5%). Em Portugal, a lista de ameaças é ligeiramente diferente, com o trojan bancário Dridex a destacar-se entre as restantes. A nível nacional, ressalta ainda o setor jurídico, o mais visado em dezembro. Este mês, “Apache Log4j Remote Code Execution” foi a vulnerabilidade mais explorada, afetando 48,3% das organizações de todo o mundo. A vulnerabilidade foi identificada primeiramente no Log4j do Apache – a biblioteca de logging mais popular do Java utilizada em muitos serviços de Internet e aplicações com mais de 400 mil descargas. A vulnerabilidade deu origem a uma nova praga e impactou quase metade de todas as empresas do mundo num curto espaço de tempo. Os atacantes podem explorar apps vulneráveis para executar cryptojackers e outros malware em servidores comprometidos. Até agora, a maioria dos ataques têm-se focado na mineração de criptomoeda às custas das vítimas, contudo, os atacantes mais avançados já começaram a agir agressivamente, procurando tirar proveito de alvos mais críticos. “O Log4j dominou as manchetes em dezembro. É uma das vulnerabilidades mais críticas que já testemunhámos, e devido à complexidade que exige fazer a patch, bem como à facilidade da sua exploração, é provável que fique connosco por muitos anos, a não ser que as organizações tomem ações imediatas para prevenir ataques”, afirma, em comunicado, Maya Horowitz, VP Research at Check Point Software. “Este mês, vimos também o botnet Emotet subir do sétimo lugar do top de malware mais prevalentes para a segunda posição. Tal como suspeitávamos, não demorou muito para o Emotet construir uma base forte desde o seu ressurgimento em novembro. É evasivo e tem-se disseminado rapidamente através de e-mails de phishing com anexos maliciosos ou links. É hoje mais importante que nunca contar com uma solução de segurança para e-mail robusta para garantir que os utilizadores sabem identificar mensagens e anexos suspeitos”. A CPR revelou ainda que, este mês, o setor jurídico foi o mais atacado em Portugal, seguido pela Educação/Investigação e, em terceiro lugar, a Saúde. Na Europa, os três setores mais afetados são, em primeiro lugar, Educação/Investigação, a Administração Pública/Indústria Militar e, em terceiro, as Utilities. A nível global, a indústria da Saúde é a mais visada, seguida pela Administração Pública/Indústria Militar e pelos serviços ISP/MSP. Principais famílias de malware em Portugal e no mundoEm dezembro de 2021, o Trickbot foi o malware mais popular, afetando 4% das organizações em todo o mundo, seguido pelo Emotet e Formbook, ambos com um impacto global de 3%.
Em Portugal, a lista de ameaças mais prevalentes foi um pouco diferente. Destacou-se o trojan bancário Dridex, com um impacto nacional de 8%. Seguiu-se o Qbot, responsável por impactar 7% das organizações portuguesas e, em terceiro lugar, o AgentTesla, que afetou 6% das empresas em Portugal. Indústrias mais atacadasEm Portugal, durante o último mês do ano, o setor jurídico foi a indústria mais atacada, seguida da educação e investigação e com a saúde a fechar o pódio. Já na Europa, a educação e investigação foi a indústria mais atacada, seguida da administração pública e indústria militar e, por fim, as utilities. Em todo o mundo, a situação é semelhante à Europa, com a a educação e investigação a ser a indústria mais atacada com a administração pública e indústria militar em segundo. No entanto, a terceira indústria mais atacada a nível mundial foram os ISP/MSP. Principais vulnerabilidades exploradasEste mês, “Apache Log4j Remote Code Execution” é a vulnerabilidade mais comumente explorada, afetando 48.3% das organizações globalmente, seguida por “Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure” que afeta 43,8% das organizações em todo o mundo. “HTTP Headers Remote Code Execution” permanece em terceiro lugar na lista de vulnerabilidades mais exploradas, com um impacto global de 41.5%.
Principais malwares móveis
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