Threats
As agências federais dos EUA têm até 27 de fevereiro para corrigir a vulnerabilidade que está a ser ativamente explorada por cibercriminosos
11/02/2025
A Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) emitiu um alerta às agências federais para reforçarem a segurança dos seus sistemas devido a ataques em curso que exploram uma falha crítica de execução remota de código (RCE) no Microsoft Outlook. A vulnerabilidade, identificada como CVE-2024-21413 e descoberta pelo investigador Haifei Li da Check Point, permite que atacantes contornem proteções de segurança para executar código malicioso. A falha decorre de uma validação inadequada ao processar e-mails que contêm links maliciosos em versões vulneráveis do Outlook. Ao explorar esta vulnerabilidade, os atacantes conseguem evitar o Modo de Exibição Protegido, que deveria restringir o acesso a conteúdos potencialmente perigosos. Além disso, a Microsoft já tinha alertado que o Painel de Visualização do Outlook pode ser um vetor de ataque que permite a exploração da falha mesmo sem abrir diretamente os documentos maliciosos. A Check Point detalhou que a vulnerabilidade, apelidada de Moniker Link, permite a manipulação de URL através do protocolo “file://” e da adição de um ponto de exclamação após a extensão do ficheiro. De seguida direciona os utilizadores para servidores sob controlo dos atacantes. O CVE-2024-21413 afeta múltiplas versões do Microsoft Office, incluindo o Microsoft 365 Apps for Enterprise, Office LTSC 2021 e Office 2019, coloca em risco credenciais NTLM e facilita a execução remota de código. A CISA incluiu esta falha do seu catálogo de Vulnerabilidades Exploradas Conhecidas (KEV na sigla em inglês) e determinou que as agências federais a corrijam até 27 de fevereiro, de acordo com a Binding Operational Directives (BOD) 22-01. A agência alertou ainda que vulnerabilidades deste género são frequentemente exploradas por atores maliciosos, o que representa riscos significativos para infraestruturas críticas. Embora o alerta tenha sido direcionado às entidades governamentais, a CISA recomenda que também as organizações privadas apliquem as correções necessárias para mitigar potenciais ataques. |