Threats
Segundo o estudo da Marsh, o número de ciberataques com intenções maliciosas continua a ser maior do que o número de ataques sem intenções maliciosas
23/10/2024
Os sinistros cibernéticos continuaram a crescer, uma tendência observada desde 2016. Em 2023, registaram um aumento de 1% na Europa. Os dados mais recentes, referentes ao primeiro semestre de 2024, indicam uma tendência de crescimento significativo no número de crimes registados. De acordo com o estudo da Marsh, o número de cibercrimes reportados na Europa aumentou no primeiro semestre deste ano, atingindo cerca de 70% do total registado em 2023. Os tipos de cibercrimes mais comuns foram esquemas de engenharia social, phishing e falsificação de identidade, infiltração ou acesso indevido a sistemas, ransomware e violação de dados. O estudo destaca diversos fatores que contribuíram para a diminuição significativa de sinistros registados em 2022. Entre as principais razões estão a maturidade e a resiliência digital das empresas, bem como a diminuição do foco em crimes com motivações financeiras devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Segundo o estudo, vários setores continuam vulneráveis a ciberataques. Em 2023, as organizações financeiras registaram o maior número de ataques reportados, representando 21% do total. As empresas de Media, Tecnologia e Comunicação registaram 17% dos ataques, seguidas pelos Serviços Profissionais (13%), setor Industrial (9%) e setor da Saúde (7%). O número de ciberataques maliciosos continua a ultrapassar os ataques não maliciosos, com pedidos de indemnização relacionados com extorsão/ransomware representando 29% do total registado. “A agenda digital da União Europeia e as regulamentações relevantes, têm sido cruciais para criar um ecossistema resiliente e abrandar o ritmo dos sinistros cibernéticos, no entanto, a Europa deve atualizar continuamente os seus mecanismos de proteção para enfrentar os riscos em evolução. Em 2024, a taxa de sinistros está a aumentar novamente, destacando o ambiente complexo em que a indústria europeia opera. O mercado segurador tem tido um papel importante em ajudar os clientes a gerirem os riscos e a adaptarem-se às condições em constante mudança para garantir a cibersegurança e segurança digital na Europa”, declara Luís Sousa, Cyber Risk Specialist da Marsh Portugal, em comunicado. |