Threats
Num novo estudo, a WTW identificou os principais riscos às operações empresariais: 89% dos inquiridos indicaram os riscos económicos, 86% as alterações regulamentares ou legislativas e 68% as ciberameaças
24/05/2023
Os gestores portugueses identificaram um vasto leque de questões como ameaças significativas para os seus negócios, de acordo com um estudo da WTW intitulado “Responsabilidade dos Diretores e Administradores” identifica os principais riscos para os executivos e as empresas a nível mundial. Em Portugal, quando questionados sobre quais as ameaças às operações empresariais “muito” ou “extremamente” significativas, 89% dos inquiridos indicaram os riscos económicos, 86% as alterações regulamentares ou legislativas e 68% as ciberameaças. Os valores são notoriamente superiores aos do panorama europeu, onde as alterações regulamentares são o principal risco (62%), seguidas de perto pelas ciberameaças (61%) e pelos riscos económicos (59%). O inquérito também analisou diferentes tipos de riscos económicos, tendo a maioria dos gestores portugueses referindo a recessão como o maior risco (91%), seguida da inflação (79%) e dos problemas de recrutamento e retenção no mercado de trabalho (67%). As preocupações com a recessão são muito mais elevadas em Portugal do que na generalidade da Europa, onde apenas 56% dos inquiridos estão preocupados com esse cenário. Jorge Tobias, Associate Director, Risk & Broking, da WTW Portugal, disse ser “importante salientar a natureza diversa dos diferentes riscos que foram identificados o que apenas confirma a complexidade da realidade enfrentada pelas organizações”. Outras conclusões importantes do relatório referem que o risco geopolítico se tornou mais importante a nível mundial. Em Portugal, 57% dos inquiridos afirmam que se trata de um risco grave. A nível europeu, a percentagem é de 41%. Além disso, as alterações climáticas foram consideradas um risco grave por 36% dos inquiridos em Portugal e 38% na Europa. Questionados sobre os principais riscos para os próprios diretores e administradores, os gestores portugueses afirmaram que o risco número um era o risco de corrupção (82%). Este valor é muito mais elevado do que a média europeia onde este risco, ocupa o sexto lugar com 40%. No que diz respeito aos ciber-riscos, a perda de dados é o principal risco em Portugal (80%), seguido de um ataque informático (75%). O representante da WTW Portugal explica que, “num contexto muito dinâmico e onde clientes, colaboradores, investidores e autoridades são cada vez mais exigentes e atuantes importa priorizar as iniciativas internas que ajudem a dotar cada organização de uma adequada gestão dos seus riscos que faça sentido para a sua escala e mercado específico”.
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