Threats
O Departamento de Estado dos EUA revela que foram exfiltrados 60 mil e-mails, nenhum deles confidencial, num ataque alegadamente encetado por cibercriminosos chineses
03/10/2023
O Departamento de Estado dos EUA afirma que, num ataque que a Microsoft atribuiu à China, os cibercriminosos exfiltraram cerca de 60 mil e-mails, embora nenhum deles seja confidencial. Em julho, a Microsoft revelou que um grupo de cibercriminosos chinês atacou a sua plataforma de e-mail, tendo acedido a mensagens de cerca de 25 organizações, incluindo agências governamentais norte-americanas. “Foram aproximadamente 60 mil e-mails não confidenciais que foram divulgados como parte dessa violação”, afirma Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, aos repórteres. “Os sistemas classificados não foram hackeados. Isso está relacionado apenas com o sistema não classificado”. Segundo Miller, apesar de o Departamento de Estado não ter atribuído formalmente a culpa, este não tem motivos para duvidar da conclusão retirada pela Microsoft sobre o grupo de cibercriminosos ser da China. Também em julho, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, levantou esta questão dos cibercriminosos num encontro com o alto funcionário da China Wang Yi em Jacarta, lateralmente a uma reunião no Sudeste Asiático. Segundo Blinken, a China está determinada em substituir os Estados Unidos como a maior potência mundial, sendo a sua principal concorrente. Num relatório, o Departamento de Estado alerta para os esforços da China na esfera da informação, afirmando que o “autoritarismo digital” e a desinformação do país são capazes de remodelar o mundo caso não sejam controlados. |