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Autoridades desmantelam 27 plataformas de ataques DDoS numa operação global

Numa ação global contra ataques DDoS, 15 países, incluindo Portugal, desativaram 27 plataformas ilegais e detiveram três administradores na operação PowerOFF

12/12/2024

Autoridades desmantelam 27 plataformas de ataques DDoS numa operação global

Num esforço coordenado para combater ataques Distributed Denial-of-Service (DDoS), autoridades de 15 países, incluindo Portugal, encerraram 27 das plataformas mais populares usadas para este tipo de cibercrimes.

Conhecidas como “booter” e “stresser”, estas ferramentas ilegais permitiam a cibercriminosos e hacktivistas inundar alvos com tráfego excessivo, tornando serviços online indisponíveis. A operação, intitulada PowerOFF, resultou também na detenção de três administradores das plataformas em França e na Alemanha.

A Europol, através do seu Centro Europeu de Cibercrime (EC3), desempenhou um papel central na coordenação da operação, que envolveu equipas de todo o mundo. Além de identificar mais de 300 utilizadores destes serviços, as autoridades enviaram cartas de aviso e notificações por email a milhares de indivíduos, alertando-os para as consequências legais de usar ferramentas DDoS-for-hire. Esta abordagem reforça uma mensagem clara: as práticas de cibercrime têm consequências legais severas.

O período festivo é tradicionalmente um pico para ataques DDoS, que frequentemente causam prejuízos financeiros, danos reputacionais e interrupções operacionais significativas. Para além de desmantelar a infraestrutura criminosa, a operação PowerOFF inclui uma componente educativa, com anúncios online direcionados a jovens que procuram estas ferramentas ou acedem a tutoriais no YouTube. Estes anúncios destacam as implicações legais e éticas dos ciberataques , numa tentativa de dissuadir novos potenciais ofensores.

A Operação PowerOFF demonstra o compromisso contínuo das autoridades em combater este fenómeno, desde a interrupção de plataformas ilegais até à prevenção de futuros ataques.

Entre as autoridades envolvidas, destacam-se a Polícia Judiciária e a Polícia de Segurança Pública de Portugal, bem como organismos de cibersegurança dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Brasil e Japão, numa ação que sublinha a importância da colaboração internacional no combate ao cibercrime.


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