Threats
Segundo a fabricante japonesa, a instrusão aconteceu a 11 de novembro e foram acedidos "alguns dados de um servidor de ficheiros"
03/12/2021
A Panasonic confirmou na semana passada que a sua “rede foi ilegalmente acedida por terceiros a 11 de novembro de 2021” e que “alguns dados de um servidor de ficheiros foram acedidos durante a intrusão”. Contudo, os investigadores levantam questões à violação de dados da empresa, uma vez que mais de duas semanas após o incidente ter sido descoberto, não é claro se as informações pessoais dos clientes foram impactadas, avança o Threatpost. Em declarações, a Panasonic acrescentou que “está neste momento a trabalhar [para] determinar se a violação envolveu informações pessoais dos clientes e/ou informações sensíveis relacionadas com a infraestrutura social”. São poucos os detalhes técnicos ou temporais fornecidos pela empresa, no entanto, relatos locais recebido pelo site The Record indicam que a falha estava em curso desde junho, dando aos agentes maliciosos muito tempo para explorar os sistemas da grande empresa japonesa. Adicionalmente, segundo fontes do jornal NHK, “além de informações sobre a tecnologia e parceiros comerciais da empresa, as informações pessoais dos colaboradores foram armazenadas no servidor. A empresa diz que a fuga de informação para o exterior não foi confirmada neste momento". Jake Williams, cofundador e CTO da BreachQuest, afirmou, em declarações ao Threatpost, que “como é típico nestes relatórios de incidentes em fase inicial, há muitas incógnitas", mas especulou que a intrusão poderia levar a um grande incidente. John Bambenek, especialista em ameaças na Netenrich, também observou que "o intervalo de quatro meses entre a violação e a deteção é preocupante". Já Eddy Bobritsky, CEO da Minerva Labs, acredita que “embora a investigação ainda não tenha sido concluída, a Panasonic parece ter sorte aqui, pois foram capazes de detetar a falha relativamente rapidamente", disse. Ainda não é certo se surgirão mais detalhes, pelo que, segundo Jake Williams, “a Panasonic provavelmente tem algum trabalho pela frente para caçar as ameaças na sua rede antes de entender completamente o alcance da violação".
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