Threats
Em relação ao período homólogo, os ataques de Distributed Denial of Service assistiram a um decréscimo de 38,8%, com um segundo trimestre que se revelou “calmo”, nota a Kaspersky
11/09/2021
Os cibercriminosos têm procurado formas de amplificar os ataques Distributed Denial of Service (DDoS) – que visam sobrecarregar uma rede até que o servidor falhe. No segundo trimestre de 2021, o número total de ataques DDoS diminuiu 38,8% em comparação com o período homólogo e 6,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2021, nota estudo da Kaspersky, enviado em comunicado à IT Security. O panorama geral do “segundo trimestre de 2021 foi calmo, tal como esperávamos”, explica Alexey Kiselev, Gestor de Desenvolvimento de Negócios da equipa de Proteção DDoS da Kaspersky. Em média, o número de ataques DDoS flutuou entre os 500 e os 800 por dia. No dia mais calmo, foram registados 60 ataques, enquanto no dia mais intenso 1164. “Houve uma ligeira diminuição do número total de ataques em relação ao trimestre anterior, que é típico deste período e que se verifica todos os anos. Tradicionalmente associamos estes números ao início das férias”, completa Kiselev. A geografia dos ataques DDoS também mudou ligeiramente. Os EUA voltaram a liderar pela quantidade de ataques de DDoS registados (36%) e, ao mesmo tempo, a China (10,2%), que até este ano estava em primeiro lugar, continua a perder terreno – com um decréscimo de 6,3%. O terceiro lugar foi ocupado por um recém-chegado ao ranking - a Polónia (6,3%), cujos valores aumentaram 4,3%. O Brasil ocupou o quarto lugar, ao registar valores que quase duplicaram, ascendendo aos 6%. O Canadá (5,2%), que anteriormente fechava o top 3, caiu para o quinto lugar. O número de ataques através do protocolo Session Traversal Utilities for NAT (STUN) têm aumentado. Outra tendência que tem vindo a ser observada é a vulnerabilidade TsuNAME que ataca servidores DNS, que levou a interrupções de trabalhos da Xbox Live, Microsoft Teams, OneDrive e outros serviços cloud da Microsoft. Por outro lado, os fornecedores de serviços de Internet também foram vítimas de ataques DDoS. Os especialistas da Kaspersky também analisaram que países tinham bots e servidores maliciosos que atacam dispositivos IoT de forma a propagar botnets. Os resultados mostram que a maioria dos dispositivos que realizaram os ataques encontravam-se na China (31,8%), Estados Unidos (12,5%) e Alemanha (5,9%). “No terceiro trimestre de 2021, também não vemos qualquer tendência para uma subida ou descida acentuada no mercado de ataques DDoS. O mercado vai continuar a ser altamente dependente do rating das criptomoedas, que manteve uma consistência elevada durante muito tempo", conclui Kiselev. |