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As principais ciberameaças em 2021

As previsões de ciberameaças para 2021 incluem a expansão do cenário de ameaças com a digitalização no setor da educação, a evolução de ataques direcionados a indústrias e novas oportunidades para propagar ataques, provocadas pelo desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19

31/12/2020

As principais ciberameaças em 2021

Todos os anos, no mês de dezembro, os especialistas da Kaspersky analisam os principais desenvolvimentos na área da cibersegurança que ocorreram ao longo dos últimos 12 meses – e, este ano, não será diferente. Com base nesta análise, a Kaspersky lança agora as principais previsões para 2021, que incluem a expansão do cenário de ameaças com a digitalização no setor da educação, a evolução de ataques direcionados a indústrias e novas oportunidades para propagar ataques, provocadas pelo desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19.  

As medidas de contenção, impulsionadas pela situação pandémica em que vivemos, continuam a transformar os sistemas de educação em todo o mundo. A digitalização, o principal mobilizador destas mudanças, irá permanecer em 2021. A integração de redes sociais, serviços de vídeo e jogos no processo educacional provou ser eficaz e, em 2021, iremos assistir a novas criações deste tipo. E, conforme o número de alunos online aumenta, aumentam também as ameaças à privacidade.

É importante que alunos e educadores prestem mais atenção à segurança dos seus dados pessoais. Se as configurações de segurança corretas não estiverem ativas, as informações pessoais, tanto dos alunos, como dos professores, podem ser comprometidas - podendo até mesmo ser vítimas de ataques, por meio de plataformas educacionais. Além disso, a aprendizagem à distância potencia novos riscos de ciberbullying. 

Todos os anos, os cibercriminosos desenvolvem ameaças direcionadas cada vez mais avançadas. Alguns, analisam de perto as características de negócios industriais e obtêm, assim, acesso a uma grande quantidade de informação sobre as suas redes tecnológicas. Espera-se que esta tendência continue em 2021. 

Os ataques de ransomware, mais especificamente contra sistemas ICS, irão tornar-se cada vez mais direcionados e sofisticados, usando táticas de APT. Esta é uma ameaça significativa, uma vez que as redes industriais se tornaram mais vulneráveis, devido aos limites impostos ao trabalho no local, bem como aos espaços de trabalho pessoais dos colaboradores. O aumento do número de pessoas ligadas às redes remotamente representa também um fator de agravamento desta ameaça.

O uso de temas médicos e de saúde como isco irá continuar no próximo ano e de forma relevante, pelo menos até o fim da pandemia. O desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19 representa o principal motivo do crescente interesse dos atacantes na pesquisa sobre estes temas. Em 2021, os esforços para roubar dados de investigação sobre o coronavírus irão manter-se. 

Enquanto a comunidade global de saúde continuar a lutar contra a doença, qualquer empresa que alegue sucesso significativo no desenvolvimento de uma vacina poderá tornar-se uma vítima potencial de ataques direcionados. No entanto, o foco na segurança digital dos hospitais oferece esperança de que em 2021 haja mais colaboração entre especialistas de cibersegurança, organizações e sistemas de saúde. A experiência mostra que grandes crises, como a pandemia, levam as organizações a prestar mais atenção à proteção das suas infraestruturas.


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