Threats
Em Portugal, os malwares XMRig e Trickbot foram as principais ciberameaças em Portugal, tendo impactado um total de 8% e 6% das organizações nacionais, respetivamente
14/07/2021
A Check Point Research (CPR) publicou o Índice Global de Ameaças referente a junho de 2021. O Trickbot é pelo segundo mês consecutivo o malware mais comum, a nível mundial. Em Portugal, à frente do Trickbot esteve apenas o XMRig, com um impacto de 8% das organizações nacionais. O Trickbot é um botnet e trojan bancário capaz de roubar informação bancária, credenciais de conta e informações pessoais, bem como disseminar-se numa rede e implantar ransomware. No mês passado, a CPR reportou que o número médio de ataques ransomware por semana aumentou 93% nos últimos 12 meses, avisando que os ataques de ransomware não começam, por norma, com ransomware. Por exemplo, nos ataques do ransomware Ryuk, o malware Emotet era utilizado para infiltrar a rede, posteriormente infetada com o top malware deste mês, o Trickbot. Só numa terceira fase era encriptada a informação com o ransomware. Desde que o botnet Emotet foi derrubado em janeiro, o trojan e botnet Trickbot adquiriu popularidade. Recentemente, foi associado a uma nova cadeia de ransomware chamada ‘Diavol’. O Trickbot é atualizado constantemente com novas funcionalidades e vetores de distribuição, que lhe permitem atender a múltiplos propósitos maliciosos. "Grupos bem conhecidos de ransomware, como o Ryuk e o REvil, recorrem primeiramente a várias formas de malware para completar as fases iniciais da infecção - uma delas é precisamente o Trickbot", afirma Maya Horowitz, Director, Threat Intelligence & Research, Products da Check Point. "As organizações têm de estar profundamente conscientes dos riscos e assegurar a existência de soluções adequadas. Para além do botnet e do trojan bancário, Trickbot, o top deste mês inclui uma grande variedade de diferentes tipos de malware incluindo botnets, infostealers, backdoors, RATs e malware móvel. É crucial que as organizações disponham das tecnologias certas para lidar com uma tão grande variedade de ameaças. Se o fizerem, a maioria dos ataques, mesmo os mais avançados como o REvil, podem ser evitados sem perturbar o fluxo de trabalho normal". A CPR revelou ainda que a “HTTP Headers Remote Code Execution” foi a vulnerabilidade mais explorada este mês, seguida da “MVPower DVR Remote Code Execution”, responsável por impactar 45% das organizações a nível global. Em terceiro lugar, esteve a “Dasan GPON Router Authentication Bypass”, com um impacto global de 44%. Principais famílias de malware em junhoEste mês, o Trickbot foi o malware mais popular, com um impacto de 7% das organizações a nível mundial. Seguiram-se o XMRig e o Formbook, com um impacto de 3% cada. Em Portugal, a lista alterou-se ligeiramente, com o XMRig a ocupar o primeiro lugar, com um impacto de 8% das organizações nacionais. Em segundo lugar, esteve o Trickbot, responsável por impactar 6% das organizações portuguesas. O Crackonosh, um malware de mineração de criptomoeda que se mantém nos dispositivos através da desinstalação de softwares de segurança e da desativação de atualizações do Windows, teve uma prevalência de 4% entre as organizações portuguesas.
Principais vulnerabilidades exploradasEm junho, “HTTP Headers Remote Code Execution” foi a vulnerabilidade mais explorada, com um impacto global de 48% das organizações, seguido da “MVPower DVR Remote Code Execution”, responsável por impactar 45% das organizações a nível mundial. Seguiu-se a “Dasan GPON Router Authentication Bypass”, com um impacto global de 44%.
Principais malwares para dispositivos móveisEste mês, o primeiro lugar foi ocupado pelo xHelper. Seguiu-se o Hiddad e o XLoader.
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