Threats
A Check Point partilhou, com base nos dados por si recolhidos, as principais ameaças com que as organizações mundiais tiveram de lidar no último mês
15/05/2023
A Check Point publicou o mais recente Índice Global de Ameaças para abril de 2023 onde os investigadores descobriram uma campanha substancial de malspam Qbot distribuída através de ficheiros PDF maliciosos, anexados a e-mails vistos em várias línguas. Entretanto, o malware Mirai entrou na lista pela primeira vez num ano, depois de explorar uma nova vulnerabilidade em equipamentos de uma conhecida marca de routers, e os cuidados de saúde passaram a ser o segundo setor mais explorado. A campanha Qbot, vista no mês passado, envolve um novo método de entrega em que os alvos recebem um e-mail com um anexo que contém ficheiros PDF protegidos. Quando estes são descarregados, o malware Qbot é instalado no dispositivo. Os investigadores encontraram casos em que o malspam é enviado em várias línguas diferentes, o que significa que as organizações podem ser visadas em todo o mundo. O último mês também assistiu ao regresso do Mirai, um dos malwares IoT mais populares. Os investigadores descobriram que estava a explorar uma nova vulnerabilidade de dia zero CVE-2023-1380 para atacar routers e adicioná-los à sua rede de bots, que tem sido utilizada para facilitar alguns dos ataques DDoS distribuídos mais perturbadores de que há registo, explica a empresa. Houve também uma mudança nos setores afetados, com os cuidados de saúde a ultrapassarem a administração pública como o segundo setor mais explorado em abril. Os ataques a instituições de saúde estão bem documentados e alguns países continuam a ser alvo de ataques constantes. Por exemplo, o grupo de cibercriminosos Medusa lançou recentemente ataques a instalações oncológicas na Austrália. O setor continua a ser um alvo lucrativo para os cibercriminosos, uma vez que lhes dá acesso potencial a dados confidenciais dos pacientes e a informações sobre pagamentos. Esta situação pode ter implicações para as empresas farmacêuticas, uma vez que pode levar a fugas de informação sobre ensaios clínicos ou novos medicamentos e dispositivos médicos. Os cibercriminosos estão constantemente a trabalhar em novos métodos para contornar as restrições e estas campanhas são mais uma prova de como o malware se adapta para sobreviver. Com o Qbot de novo na ofensiva, este facto serve para relembrar a importância de ter uma cibersegurança abrangente e de ter a devida diligência quando se trata de confiar nas origens e intenções de um e-mail. A Check Point Research revelou, ainda, que a vulnerabilidade “Web Servers Malicious URL Directory Traversal” foi a mais explorada, afetando 48% das organizações a nível mundial, seguida da “Apache Log4j Remote Code Execution” com 44% e da “HTTP Headers Remote Code Execution” com um impacto global de 43%. Principais famílias de malware a nível mundialO AgentTesla foi o malware mais dominante no mês passado, com um impacto de mais de 10% em organizações mundiais, seguido pelo Qbot com um impacto global de 7% e pelo Formbook, com um impacto global de 6%.
Principais indústrias atacadas a nível global
Principais indústrias atacadas em Portugal
Principais vulnerabilidades exploradasNo mês passado, o “Web Servers Malicious URL Directory Traversal” foi a vulnerabilidade mais explorada, com um impacto de 48% das organizações a nível mundial, seguido do “Apache Log4j Remote Code Execution”, com 44% das organizações a nível mundial impactadas e, por fim, o “HTTP Headers Remote Code Execution”, com um impacto global de 43%.
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