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O estado da Ciber Nação

Quando falamos do estado da nação, associamos imediatamente ao debate que periodicamente tem lugar na Assembleia da República.

Por António Ribeiro, Portugal Cybersecurity Country Lead, DXC Technology . 25/07/2024

O estado da Ciber Nação

Entre outras, podemos assistir ao debate de questões de caracter económico como sejam as projeções de crescimento do PIB nacional.

Fonte: Banco de Portugal

 

Olhando para este indicador prevê-se um crescimento acumulado de quase 6% para os próximos quatro anos, que, não sendo brilhante, coloca-nos ainda assim acima da média europeia e à frente de várias economias europeias consideradas tradicionalmente mais robustas.

 

Fonte: Forbes

Comparando este indicador com o crescimento do cibercrime a nível mundial, vemos que este último cresce a um ritmo muito mais elevado, sendo esperado um crescimento de quase 70% para o mesmo período!

Fonte: IMF-International Monetary Fund e WEF-World Economic Forum, 2023

 

É caso para dizer que a nação “Cibercrime” vai muito bem (ou melhor…muito mal). Na realidade, e com referência a valores do ano passado, se o cibercrime fosse uma “nação”, seria a terceira maior economia do mundo!

Ou seja, se mantivermos os crescimentos atuais, será de esperar que antes do final desta década o cibercrime seja de facto a maior “economia” do Mundo.

Neste jogo do “polícia e do ladrão” estamos habituados a que o ladrão esteja normalmente um passo à frente. No entanto, quando falamos de cibercrime, o que estamos a observar é que o ladrão está muitos passos à frente, em particular no que respeita aos recursos e à escala que detém a nível mundial.

Esta não é uma luta igual, e como tal, teremos de ser mais criativos e acima de tudo (ainda) mais cooperantes no que respeita ao combate ao cibercrime, bem como às restantes ciberameaças.

Cibersegurança e cooperação em Portugal

Nos últimos anos temos assistido a várias iniciativas no sentido de fomentar esta cooperação, quer a nível europeu, quer a nível nacional. No entanto, em Portugal apesar de estarmos no bom caminho e alinhados com as melhores práticas internacionais no que à cibersegurança respeita, verifica-se que estas boas práticas estão longe de chegar a todos, ou seja, se as grandes organizações estão já hoje dotadas de mecanismos de proteção que lhes permite uma melhor postura de segurança, o mesmo não se pode dizer relativamente às PMEs.

É sabido que o tecido empresarial português é maioritariamente constituído por PMEs, e que Portugal enquanto nação é tão forte quanto o seu elo mais fraco. Parece-nos assim claro que urge dotar as PMEs de melhores ferramentas para enfrentar as ciberameaças.

O último relatório “Sociedade”1 do CNCS, revela alguns dados interessantes relativamente ao estado da cibersegurança nas PMEs. Entre eles estão:

  • As PME portuguesas mostram-se mais preocupadas com os riscos online do que a média da EU;
  • Há mais PME portuguesas a admitirem ter sofrido pelo menos um cibercrime nos últimos 12 meses (48%) do que a média da UE (28%);
  • O impacto mais sentido pelas PME portuguesas como resultado do incidente mais grave foi a impossibilidade de uso de recursos ou serviços (32%).

Identificado o problema, a pergunta que se coloca é como endereçá-lo.

O mercado da cibersegurança é sobejamente conhecido pela escassez de recursos humanos, bem como pelo seu elevado custo. Num momento em que as PMEs já se encontram com uma estrutura de custos elevada, torna-se impossível comportar mais estes, bem como criarem a capacidade de atrair os recursos necessários para poder executar uma estratégia de cibersegurança.

A par das ações para promover a formação e/ou reconversão de recursos, que levará sempre o seu tempo, devemos também ajudar as PMEs a atingir rapidamente uma postura de segurança no ciberespaço que lhes permita focar-se no seu negócio, sem ter a preocupação de que este possa ser interrompido a qualquer momento devido a um ciberataque.

O reforço da cooperação com as associações sectoriais, permitirá que estas funcionem como um elemento aglutinador das capacidades que são necessárias para garantir uma nação mais bem preparada para fazer face às ameaças no ciberespaço.

Os serviços de cibersegurança da DXC poderão contribuir para ajudar estas associações a avaliar o risco e a abordar proactivamente todas as perspetivas da segurança: desde a ciber inteligência à conformidade com as mais recentes normas. Utilizamos metodologias comprovadas, automação inteligente e parceiros líderes do setor para adaptar as soluções de segurança às necessidades dos nossos clientes.

Com uma vasta oferta, distribuída por quatro pilares: Cyber Risk & Compliance; Infrastructure, App & Data Protection; Cyber Transformation & Operations e Digital Identity, somos capazes de identificar, proteger, detetar, responder e recuperar as infraestruturas de TI dos nossos clientes.

 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela DXC Technology


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