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As ameaças evoluem continuamente e, com elas, aumenta a necessidade de proteger as chaves de acesso aos nossos ambientes digitais.
Por Carlos Caldeira, Cybersecurity Area Manager e CISO da Oramix . 16/04/2025
Os dados são um dos ativos mais valiosos de uma organização e é importante que não nos esqueçamos de que não falamos de entidades abstratas, mas sim de informação financeira, conhecimento específico sobre cada cliente ou informação técnica relativa ao desenvolvimento de produtos. Estes são apenas alguns exemplos de dados que as organizações devem proteger. Gerir eficazmente quem acede a esta informação, através da gestão de identidades e contas privilegiadas, torna-se vital para garantir a sua segurança. Contas privilegiadas são, por natureza, vetores de risco, dado o seu acesso a sistemas críticos, dados sensíveis e processos fundamentais; o comprometimento dessas contas pode resultar em danos irreparáveis, incluindo violação de dados, interrupção de operações e prejuízos financeiros significativos. O risco é amplificado quando as organizações carecem de controlos rigorosos sobre o ciclo de vida das identidades e dos acessos privilegiados. Para mitigar esses riscos é imperativo adotar uma abordagem baseada em boas práticas, incluindo:
Uma gestão eficaz de identidades e acessos privilegiados reduz a superfície de ataque e fortalece a postura de segurança da organização. Além disso, se por um lado esta gestão reforça a conformidade com requisitos legais e normativos, por outro lado agiliza a deteção precoce e a resposta a ameaças emergentes, contribuindo para uma postura de segurança mais robusta. Evolução das soluções de gestão de identidades e de contas privilegiadasÀ medida que as ameaças digitais se tornam mais complexas e sofisticadas, o futuro da gestão de identidades e de acessos privilegiados passa pela evolução tecnológica. Exemplo disso é a convergência a que temos assistido de soluções de gestão de identidade e acesso (IAM) com as soluções de gestão de acessos privilegiados (PAM), proporcionando uma visão mais ampla e integrada da segurança de acessos. As equipas de cibersegurança estão assim mais equipadas para dar resposta a ameaças que, dependendo de uma análise manual de múltiplas plataformas resultaria, inevitavelmente, num período de resposta mais extenso, dando tempo a uma eventual movimentação lateral do atacante e exploração da infraestrutura. A utilização de inteligência artificial e de machine learning está também a mudar a forma como as organizações identificam e reagem a atividades suspeitas em tempo real, conseguindo uma análise comportamental mais granular de potenciais ameaças. Além disso, com a análise preditiva, ao detetarem padrões suspeitos, as ferramentas ajustam dinamicamente as permissões de cada utilizador. Uma vez mais, a evolução tecnológica dota as equipas de cibersegurança de ferramentas que permitem uma ação mais imediata, com menor prejuízo para a organização em caso de comprometimento de credenciais e acessos. A aplicação do modelo zero trust, que assume que nenhum utilizador ou dispositivo é automaticamente confiável, exigindo validação continua, beneficia também da evolução tecnológica e da crescente capacidade de processamento. Em suma, a implementação de uma gestão eficaz de acessos e contas privilegiadas é essencial para reduzir riscos de segurança. Baseada em boas práticas e apoiada pela tecnologia certa ajudará as organizações na proteção contra acessos indevidos e comprometimento de credenciais.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Oramix |