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Formação de Executivos da Católica-Lisbon

Na prestigiada Católica-Lisbon são desenvolvidos programas de formação de Executivos, incluindo programas nas áreas de cibersegurança e transformação digital, em Parceria com o Técnico+. Nesta entrevista conduzida por Nuno Rolo, Manager for Open Enrolment Programs - Executive Education, são abordadas as estratégias adotadas para suprir a falta de conhecimento na área de cibersegurança e outras tecnologias, bem como a crescente procura por cursos especializados. Executivos experientes e gestores de topo encontram nestes programas uma oportunidade para aprimorar competências e enfrentar os desafios tecnológicos do mercado atual.

18/06/2024

Formação de Executivos da Católica-Lisbon

De acordo com um estudo, metade dos profissionais de cibersegurança admite erros por falta de conhecimentos. Enquanto instituição de ensino, de que forma é que têm procurado colmatar este problema não só na área de cibersegurança como em outras áreas tecnológicas?

Na Formação de Executivos da CATÓLICA-LISBON, em Parceria com o Técnico+, entidade responsável pela Formação Avançado do Instituto Superior Técnico, trabalhamos há já vários anos no desenvolvimento de programa destinados a executivos e a especialistas nas áreas de IT, Cibersegurança e Compliance. Estes programas, entre os quais o Cibersegurança para Empresas, são desenhados com base em necessidades reais das empresas e das pessoas que assumem, muitas vezes de forma individual e crítica, a responsabilidade pela integridade e segurança de todos os dados e operação. Este tipo de programas foca-se em dotar os seus participantes de conhecimento critico e partilha entre pares, assim como outputs concretos aplicáveis no seu dia a dia profissional, sendo o mais evidente a criação de um plano de cibersegurança operacional desenhado após o programa.

Tem existido uma maior procura por este tipo de cursos?

A procura por estas soluções é cada vez maior, até porque é maioritariamente financiada pelas próprias empresas. A cibersegurança é um tema que muitas vezes é tabu, porque comprometo a perceção de marca e confiança de clientes e restantes stakeholders, mas é uma ameaça constante e com casos reais e impactantes em muitas empresas. Alem da necessidade evidente, as nossas formações nesta área são de formato blended, 100% síncronas, de forma a ampliar o efeito de rede de contactos, mas com profundidade. Um networking sem profundidade de contacto e pares de interesse é pouco útil. As nossas soluções tentam, alem de desenvolver competências críticas em executivos assegurar network as a service.

Qual é o perfil dos inscritos nestes cursos? Já são profissionais ds áreas tecnológicas, que procuram aumentar os seus conhecimentos ou, por outro lado, recém-licenciados que pretendem reforçar as suas competências?

Os nossos participantes são maioritariamente executivos com mais de 10 anos de experiência profissional, como técnicos seniores especializados e gestores de equipas responsáveis por esta áreas ou gestores com funções críticas a nível organizacional. Cada vez mais este tema é critico para gestores ed topo e por isso temos cada vez mais este perfil em sala, algo que não prevíamos com esta representatividade á priori.

Existem mudanças a nível de portfólio de executivos que procurem estar a par das necessidades do mercado tecnológico?

O nosso portefólio é reflexo disso. A principal mudança é que uma Escola de Gestão, per si, tem mais dificuldades em entregar real valor e assegurar um programa que formação e aquisição de competências em profundidade. A nossa parceria com o Técnico+ é determinante para juntar Ativos de Formação que conciliem o problema de gestão com o problema Técnico/Tecnológico. Os programas de futuro nesta área passam obrigatoriamente por soluções formativas holísticas. Só assim é possível sair do plano teórico e entregar soluções reais para os problemas de hoje, formulando competências e visão para enfrentar os desafios do amanhã.

A escassez/dificuldade em reter talento nestas áreas é um dos principais problemas com os quais as organizações se deparam. Consideram que o reskilling é um fator de motivação para a procura destes cursos/formações?

Não só o reskilling enquanto potenciar de novas competências como o próprio investimento que é feito em formalização enquanto um fator de retenção. Diz-nos a experiência recente, cada vez mais enfatizada nas gerações mais novas a integrar empresas e mercado, que a formação que uma empresa financia ao seu colaborador é interpretada como investimento pessoal, que tangibiliza planos de desenvolvimento e permite abrir novas perspetivas e visão não só sobre a organização como todo o ecossistema à sua volta. Por isso, o ónus da formação, alem da obrigação legal, está cada vez mais nas organizações, que veem deste modo surgir como um fator critico de retenção de talento, apenas equiparado à cultura organizacional e remuneração.

 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Católica-Lisbon


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