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A evolução do Cybercrime as a Service (CaaS) tem redefinido o panorama da cibersegurança global, transformando ataques complexos em serviços acessíveis a indivíduos sem conhecimentos técnicos.
Por CSO Red Team . 04/02/2025
Esta tendência, aliada ao crescimento exponencial do ransomware, tem gerado impactos profundos, inclusive em Portugal. A introdução de frameworks como o Continuous Threat Exposure Management (CTEM) representa um passo crucial na resposta a estas ameaças. Cybercrime as a Service: A Economia do Crime DigitalO modelo de CaaS segue princípios empresariais, oferecendo ferramentas e serviços como phishing, DDoS, e ransomware a preços acessíveis em mercados como a dark web, etc. Com suporte técnico, documentação e até subscrições, estas soluções democratizam o acesso ao cibercrime. Em 2024, o Ransomware-as-a-Service (RaaS) tornou-se um dos segmentos mais lucrativos, permitindo que grupos maliciosos partilhem lucros com afiliados que executam ataques. Este modelo impulsionou a sofisticação de campanhas de ransomware, aumentando as táticas de dupla extorsão, onde dados são encriptados e ameaçados de exposição. Em Portugal, o impacto foi evidente em empresas públicas e privadas. Ataques como o sofrido pelo setor de saúde sublinham a vulnerabilidade das infraestruturas nacionais. Estes incidentes reforçam a necessidade de estratégias preventivas e resposta rápida. Continuous Threat Exposure Management: Um Novo ParadigmaO CTEM surge como uma solução proativa para a cibersegurança. Este conceito foca-se na gestão contínua da superfície de ataque, permitindo uma identificação e remediação de ameaças mais eficazes. Em vez de uma abordagem reativa, o CTEM promove a preparação antecipada, integrando simulações de ataques, auditorias e monitorização contínua. Um estudo recente revela que 90% das organizações planeiam implementar programas de CTEM nos próximos anos, reconhecendo o seu impacto na redução de riscos e otimização de recursos. O CTEM não apenas melhora a capacidade de deteção de ameaças, mas também fortalece a resiliência organizacional. Desafios e Perspetivas em PortugalApesar de Portugal ainda não ser um dos principais alvos globais, o país tem assistido a um aumento na frequência e sofisticação dos ataques. Factores como a insuficiência de formação em cibersegurança e a adoção limitada de soluções modernas, como o CTEM, expõem organizações e infraestruturas a riscos significativos. Casos recentes envolvendo entidades públicas, como municípios e universidades, destacam a urgência de abordagens mais estruturadas. A fragmentação de iniciativas de segurança e a falta de colaboração intersetorial continuam a ser desafios significativos. Para 2025, espera-se que os ataques se tornem ainda mais direcionados, explorando falhas humanas e tecnológicas. Tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, serão usadas tanto por atacantes quanto por defensores, aumentando a complexidade do cenário de cibersegurança. ConclusãoO Cybercrime as a Service e o ransomware são sintomas de um ecossistema cibernético em rápida evolução. Ferramentas como o CTEM oferecem uma abordagem essencial para lidar com estas ameaças, promovendo a resiliência e proteção de dados. Em Portugal, é crucial investir na formação de profissionais, adoção de tecnologias proativas e colaboração intersetorial para enfrentar os desafios do novo panorama digital.
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