Talento e regulamentação na cibersegurança

Sobre as ciberameaças já todos sabemos qual é a realidade: são cada vez maiores, quase todos os dias há uma nova vulnerabilidade descoberta e é preciso mitigar, tanto quanto possível, o impacto que essa – e todas as outras que ainda não foram efetivamente resolvidas – possa ter.

Mas a escassez de recursos é um tema cada vez mais habitual entre os profissionais de cibersegurança. Esses recursos são, naturalmente, financeiros e humanos. Se o IT, de um modo geral, sente a falta de recursos humanos, qualquer área mais especializada dentro de um IT mais generalizado terá mais problemas; em cibersegurança não é exceção.

Como foi referido na mesa-redonda que é a capa da edição deste mês, as organizações portuguesas – sejam elas os clientes finais ou os integradores que fornecem o serviço – têm de lidar com a concorrência nacional e estrangeira pelos recursos nacionais, o que dificulta manter os recursos – que nem sempre são valorizados – ligados à organização.

Com a introdução de várias regulamentações a nível europeu que impactam, de forma mais ou menos direta, a cibersegurança, os profissionais da área têm de olhar para o ponto em que estão, o ponto onde têm de passar a estar num determinado período e qual o caminho a definir.

Em 2022, a IT Security realizou a sua primeira mesa-redonda dedicada ao Estado da Nação de Cibersegurança. Este ano voltámos a realizar um fórum sobre o mesmo tema onde 11 profissionais ligados à cibersegurança partilharam a sua visão sobre os temas mais importantes dentro da área.

Para o ano vamos voltar a realizar. Em julho, mês em que muitos governos mundiais fazem o seu próprio Estado da Nação, a IT Security vai voltar a olhar para o estado da cibersegurança no país, sobre o que se passou este ano. Será o talento e a legislação ainda um tema em cima da mesa?