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Nova ciberestratégia do Pentágono baseia-se na invasão russa da Ucrânia

A estratégia cibernética mais recente do Departamento de Defesa dos EUA, divulgada esta terça-feira, é baseada, em parte, em aprendizagens sobre o conflito entre a Ucrânia e a Rússia

15/09/2023

Nova ciberestratégia do Pentágono baseia-se na invasão russa da Ucrânia

Departamento de Defesa norte-americano divulgou a nova estratégia cibernética secreta do Pentágono, assente em aprendizagens das suas operações ofensivas e da invasão da Ucrânia pela Rússia.

As prioridades principais da mais recente ciberestratégia, uma atualização à sua antecessora de 2018, foram detalhadas num documento não classificado de 24 páginas, enviado ao Congresso em maio.

“A estratégia baseia-se na nossa experiência na condução de operações ofensivas e defensivas”, disse Mieke Eoyang, subsecretário adjunto de Defesa para política cibernética, durante uma conferência de imprensa. 

“Também é informado pela observação atenta do Departamento de Defesa da guerra Rússia/Ucrânia e pela integração da cibersegurança em operações militares de grande escala”, acrescentou. “O que quer dizer que este não é um documento aspiracional, reflete lições e verdades duramente conquistadas”.

Para Eoyang, a conclusão central retirada do conflito pelo Departamento sobre conflito é que, no período anterior à invasão russa, “havia uma sensação de que o ciberespaço teria um impacto muito mais decisivo na guerra do que aquele que experimentámos”. A atual guerra evidencia a “a importância das capacidades cibernéticas integradas e a par de outras capacidades de combate”.

A quarta, e mais recente, estratégia cibernética criada pelo Pentágono inclui também o habitual aviso sobre os perigos que a Rússia e a China representam para a infraestrutura e os interesses dos Estado Unidos, considerando a ameaça chinesa “ampla e generalizada”.

Eoyang aponta que esta estratégia difere das anteriores no seu compromisso em construir as capacidades digitais dos seus aliados a nível mundial, visando “aumentar a nossa resiliência coletiva contra ciberataques”. O especialista sublinha ainda que “aliados e parceiros são uma vantagem estratégica que nenhum concorrente pode igualar. Os adversários tentam continuamente minar as capacidades dos nossos parceiros, e é do nosso interesse fortalecer a rede de defesa dos nossos aliados e parceiros”.

Esta ciberestratégia é uma restauração do documento de 2018, que assistiu à mudança dos militares norte-americanos de uma abordagem responsiva para uma agressiva, onde os operadores enfrentavam os adversários estrangeiros mediante uma doutrina de “envolvimento persistente”.


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