Blue team
A organização olha para os ciberataques como uma oportunidade para melhorar a sua capacidade de resposta junto dos clientes. A formação contínua e a sensibilização dos colaboradores são fatores que contribuem igualmente de forma decisiva para o reforço da segurança
Por Marta Quaresma Ferreira . 10/04/2024
Integrada no Grupo Evolutio, a Warpcom destaca- -se no desenvolvimento de serviços e soluções de Networking & Infrastructure, Digital Experience, Data Center & Cloud, e Cybersecurity. Os serviços especializados oferecidos pela empresa têm em conta todo o ciclo de vida tecnológico, através de serviços geridos (NOC, SOC e IT Operations), serviços de consultoria, serviços de suporte e serviços profissionais. A organização tem em vista novas fronteiras, em particular nas áreas de cibersegurança quântica, Internet das Coisas e contact centers. Negócios de parceriasA Warpcom apresenta um “currículo” com mais de duas décadas de experiência, mais de 150 profissionais especializados e uma presença nas cidades de Lisboa, Porto, Funchal e Madrid. Apesar dos atuais desafios globais, o compromisso assumido para com a transformação digital levou a organização a um crescimento de 26% em 2023 relativamente ao ano anterior, atingindo uma faturação na ordem dos 44 milhões de euros só em Portugal. “Este sucesso é atribuído aos nossos colaboradores e, em grande parte, à conquista de diversos projetos nas áreas da administração pública, setor financeiro e indústria”, justifica Frederic Reyntjens, Command Center Manager da Warpcom. A oferta aos clientesOs clientes da Warpcom procuram soluções que forneçam uma visão geral das suas infraestruturas ao nível de servidores/endpoints, tráfego de rede, ambientes cloud e dispositivos móveis. Quando falamos em cibersegurança, a deteção precoce e a resposta eficiente aos crescentes ciberataques são dois pontos valorizados pelos clientes da organização, sem esquecer a necessidade de uma formação contínua e de uma sensibilização dos utilizadores na hora de fortalecer a postura de segurança das empresas. “O acesso e integrações eficazes a fontes de Threat Intel são fundamentais”, frisa Frederic Reyntjens, “assim como o uso de automação e orquestração para tarefas operacionais e resposta a incidentes no sentido de melhorar a eficiência dos serviços”. O cumprimento dos requisitos de conformidade e regulamentação, assim como a proteção de dados, alinhada com o RGPD, são igualmente uma preocupação e uma exigência. As lições e as oportunidades que os ciberataques oferecemPara a Warpcom, o panorama observado na cibersegurança em 2022 e 2023 é uma “oportunidade para melhorar proativamente as nossas capacidades de deteção e resposta em prol dos nossos clientes”. Os incidentes permitem à organização analisar as táticas, técnicas e procedimentos utilizados pelos cibercriminosos para que, posteriormente, seja possível “identificar lacunas nas defesas e reforçar as estratégias de deteção”. “Implementamos continuamente melhorias nos nossos sistemas de monitorização e alerta, incorporando as lições aprendidas para antecipar e mitigar ameaças semelhantes no futuro. Além disso, partilhamos ativamente as informações obtidas com os nossos clientes, promovendo uma abordagem colaborativa para fortalecer as defesas em toda a nossa base de utilizadores. A aprendizagem contínua a partir destes incidentes é parte integrante da nossa abordagem proativa para garantir a segurança cibernética dos nossos clientes”, sublinha o manager. A organização procura oferecer soluções alinhadas com as crescentes necessidades dos clientes, especialmente numa fase em que os ataques são cada vez mais sofisticados, impulsionados por tecnologias emergentes como a inteligência artificial e o machine learning. O trabalho, explica Frederic Reyntjens, é orientado “no sentido de aplicar o que já fazemos muito bem em ambientes IT para ambientes OT. Dadas as muitas restrições nestes ambientes no que toca a instalação de softwares, baseamo-nos em soluções que nos capacitam analisar e compreender os fluxos de tráfego de dados nas redes OT dos nossos clientes”. Esta capacidade leva a que a empresa consiga detetar possíveis comprometimentos, responda proativamente a eventos de segurança e encontre oportunidades de melhoria, “assegurando a integridade e operacionalidade dessas infraestruturas críticas”. Com a implementação de tecnologias Quantum Key Distribution e Post Quantum Cryptography, a Warpcom capacita e reforça as infraestruturas dos clientes para que estas resistam a futuros ataques. “Isso não só oferece segurança contra ameaças presentes, incluindo técnicas como Store Now Decrypt Later, mas também assegura a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados, tanto no cenário atual, como na era pós-quântica. Este compromisso visa garantir que as informações dos nossos clientes permanecem protegidas e resilientes perante as evoluções contínuas no campo da segurança cibernética”, reitera. Para onde caminha a cibersegurança?Apesar da “evolução positiva na consciencialização sobre a cibersegurança em Portugal”, a Warpcom aponta para uma “lacuna na materialização dessa consciencialização em ações práticas”. A formação de colaboradores nestes temas, e a própria cultura de segurança das organizações, assumem um papel fundamental, assim como as campanhas de awareness. “Estamos comprometidos em apoiar esse movimento, oferecendo soluções holísticas que abordam tanto a tecnologia como a consciência humana na proteção contra ameaças cibernéticas”, acrescenta o manager, concluindo que, apesar das melhores tecnologias e ferramentas, “o sucesso em cibersegurança depende da compreensão das pessoas que, efetivamente, são parte integrante e fulcral da segurança organizacional”. |