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António Louro e David Guimarães, Managing Directors da ActiveSys, abordam o impacto do mercado em expansão como é o da cibersegurança e apresentam a visão da empresa portuguesa sobre a forma como o negócio acompanha as necessidades dos clientes
Por Marta Quaresma Ferreira . 09/12/2024
Uma empresa com uma “abordagem proativa e inovadora na proteção de dados e sistemas”: é assim que a ActiveSys, empresa portuguesa especializada em soluções de cibersegurança, se apresenta ao mercado. Sediada em Matosinhos, a ActiveSys concentra- se em cinco áreas complementares dentro da cibersegurança: consultoria, que permite uma avaliação das vulnerabilidades e riscos, com recomendações/ soluções personalizadas; serviços de monitorização contínua para identificar e responder a ameaças em tempo real; gestão de incidentes, com o desenvolvimento de planos de resposta; formação e consciencialização, com programas de capacitação para colaboradores e adoção de práticas seguras no uso de tecnologia; e implementação de tecnologias de segurança, com integração de soluções tecnológicas, como firewalls, sistemas de deteção de intrusão e ferramentas de criptografia. A empresa está igualmente preparada para atuar em áreas complementares, como o caso da segurança de redes e na proteção de dados, sem perder o foco na cibersegurança. Um mercado em mudançaPara António Louro e David Guimarães, Managing Directors da ActiveSys, “a cibersegurança tem-se tornado um tema central nas organizações e são várias as mudanças recentes que têm impactado este mercado”. Entre estas mudanças encontra-se a adoção do trabalho remoto, um modelo adotado com a pandemia de COVID-19 e que, relembram os Managing Directors, “aumentou a superfície de ataque e exigiu a implementação de soluções de segurança para ambientes distribuídos”. O crescimento da infraestrutura em cloud é outro fator que tem criado impacto no setor da cibersegurança, na medida em que o aumento da migração para a cloud traz “novas necessidades de segurança, com foco em proteção de dados, identidade e acesso, além de garantir a conformidade”. O modelo de segurança “zero trust” também tem ganhado destaque ao exigir uma “autenticação contínua e verificação de dispositivos”, assim como o advento da inteligência artificial (IA) e da automação, que trouxe uma melhor deteção de ameaças e, consequentemente, respostas a incidentes, com a análise preditiva de comportamentos suspeitos. Num momento em que as novas legislações e regulamentações ganham relevância, como é o caso do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) e da Diretiva NIS2, as organizações voltam-se também para a necessidade de reforçar as suas práticas de compliance para proteger dados e garantir a privacidade. Com a evolução das ameaças, as adaptações nas estratégias de defesa necessitam de ser constantes. Não só para fora da organização, mas também internamente: “há um aumento no investimento em programas de formação e consciencialização para colaboradores, reconhecendo que muitos ataques cibernéticos têm origem no erro humano”. Mais consciencialização, num cenário “cada vez mais dinâmico”A evolução do negócio de cibersegurança em Portugal “tem sido notável nos últimos anos, refletindo a crescente consciencialização sobre a importância da proteção de dados e sistemas”, sublinham António Louro e David Guimarães, que apontam para uma “necessidade contínua de inovação e adaptação por parte das organizações”, especialmente numa altura em que há aumento de casos de ransomware e extração de dados. Ainda assim, defendem: “O negócio de cibersegurança em Portugal está em expansão, com um panorama cada vez mais dinâmico e desafiador, impulsionado por um contexto global que exige maior proteção e resiliência”. Algumas das tendências observadas no mercado e elencadas pela ActiveSys apontam para uma maior perceção do risco por parte dos clientes, o que os leva a antecipar possíveis investimentos em segurança. Por outro lado, o impacto financeiro e reputacional que os ciberataques provocam tem levado os clientes a “adotarem medidas proativas para se protegerem”. As exigências dos clientes, parceiros e acionistas relativamente às práticas de segurança das empresas também ganham dimensão na hora de tomar decisões estratégicas e de garantir os investimentos em cibersegurança. “Há um movimento crescente para integrar a cibersegurança na cultura organizacional, promovendo uma mentalidade de segurança entre todos os colaboradores. Estes fatores estão a contribuir para uma abordagem mais holística e proativa em relação à cibersegurança, onde as empresas não reagem apenas a incidentes, mas também se preparam e protegem- se de forma contínua”, sublinham António Louro e David Guimarães. Atualmente, entre as maiores exigências dos clientes da ActiveSys encontra-se a necessidade de uma proteção abrangente, com soluções que ofereçam uma proteção em múltiplas camadas, com cobertura desde a rede até aos endpoints; o compliance e a conformidade com a regulamentação exigida; a resiliência e a capacidade de recuperar mais rapidamente de incidentes e minimizar o impacto de ataques, com a procura “por planos de resposta a incidentes e recuperação de desastres”; ferramentas que proporcionem uma visibilidade em tempo real sobre as redes e sistemas para uma deteção precoce de anomalias e ameaças; e uma “crescente procura por programas de formação para colaboradores, visando reduzir o risco de ataques que dependem de engenharia social e de erro humano”. Desafios que se impõemA jornada para oferecer o melhor serviço e colmatar as necessidades dos clientes também coloca alguns entraves e desafios à ActiveSys, como é o caso da escassez de talentos, nomeadamente profissionais qualificados, que dificulta a procura crescente por serviços de cibersegurança mais especializados; a evolução rápida e constante das ameaças, o que obriga as empresas a manterem-se atualizadas sobre tendências de ataque; a integração de sistemas mais antigos, que podem revelar-se vulneráveis e difíceis de integrar com as novas soluções de segurança; a gestão de custos, que culmina na necessidade de oferecer soluções escaláveis e acessíveis; e a complexidade da segurança na cloud, que coloca desafios ao nível da segurança dos dados e da gestão de identidades em ambientes cloud. “Ao enfrentar estes desafios e atender às exigências dos clientes, as empresas de cibersegurança precisam de ser ágeis e inovadoras, adaptando as suas ofertas para garantir proteção eficaz e sustentável”, reforçam os Managing Directors. |