Analysis
As organizações de ensino e investigação registaram a taxa mais elevada de ciberataques, avança a Check Point
Por Rita Sousa e Silva . 23/08/2023
Com o regresso às aulas, as organizações mais visadas em ciberataques são as de ensino e investigação. A Check Point Research (CPR), equipa de investigação da Check Point Software, revela que o setor tem a taxa mais elevada de ciberataques, contando em média com 2.256 por semana, entre janeiro e julho deste ano. Em comparação com o mesmo período em 2022, verificou-se um decréscimo de 1%. Os dados registados pela CPR demonstram uma grande disparidade comparativamente a outras indústrias. Os ataques cibernéticos no setor governamental/militar registaram um crescimento de 18%, sendo alvos de 1.666 todas as semanas. Segue-se a área da saúde, com um número médio de ataques por semana de 1759, mais 4% do que no ano passado. Não obstante, o maior crescimento em relação a este período em 2022 verificou-se nos setores de vendas, com uma média de 1.044 ciberataques semanais e um crescimento de 36%, e de consultoria, que cresceu em 28% com 921 ataques em média por semana. No setor da educação, a região APAC registou a taxa mais elevada de ataques cibernéticos semanais por organização, com 4529 em média por semana. Já o continente europeu tem a maior variação em comparação com o ano passado, tendo aumentado em 11%. Neste sentido, a Check Point aconselha as escolas a estarem a par das ameaças recentes e das medidas de cibersegurança, devendo investir num software antivírus e criar uma rede de comunicações forte e de portas de acesso à Internet para se protegerem contra ciberataques. Os alunos, por sua vez, devem tapar as webcams e bloquear os microfones quando não estão em aulas online, bem como abrir apenas hiperligações com fontes fiáveis, não partilhar informações confidenciais na cloud e iniciar a sessão no portal da escola através do site, nunca o devendo fazer através de um link enviado por e-mail. Segundo a Check Point, os pais têm o papel de educar os seus filhos sobre cibersegurança, sendo importante conversar com eles sobre phishing e ciberbullying, alertar para a importância de não deixar os dispositivos sem vigilância e recorrer ao controlo parental. |