Segurança, privacidade e cenário complexo da IA impulsionam decisões sobre localização de dados

A Cisco revelou os resultados do seu Estudo de Referência de Privacidade de Dados de 2025, oferecendo uma análise abrangente das tendências em privacidade e das suas profundas implicações para as empresas a nível mundial.

Dado que a privacidade de dados continua a ser essencial para estabelecer valor comercial e confiança, o estudo revela um cenário complexo onde a procura por armazenamento local de dados se cruza com a dependência da expertise dos fornecedores globais.

Realizado em 12 países, com insights de 2.600 profissionais de privacidade e segurança, a oitava edição do Estudo de Referência de Privacidade de Dados demonstra a crescente importância de estabelecer bases sólidas de privacidade, libertando assim todo o potencial da Inteligência Artificial (IA).

“A privacidade e a gestão adequada dos dados são fundamentais para uma IA responsável”, refere Dev Stahlkopf, Chief Legal Officer da Cisco. “Para as empresas que estão a preparar-se para a IA, os investimentos em privacidade estabelecem uma base essencial, ajudando a acelerar a governação eficaz da IA”.

De acordo com os resultados do estudo da Cisco, apesar do aumento dos custos operacionais associados à localização de dados, 90% das empresas consideram o armazenamento local como inerentemente mais seguro, enquanto 91% confiam nos fabricantes globais para uma melhor proteção dos dados. Estes dados revelam o complexo cenário de privacidade atual: os fabricantes globais são valorizados pelas suas capacidades, mas o armazenamento local é considerado mais seguro.

“O impulso para a localização de dados reflete o interesse crescente na soberania dos dados”, afirma Harvey Jang, Chief Privacy Officer da Cisco. “No entanto, uma economia digital global e próspera depende de fluxos de dados transfronteiriços fiáveis. Estruturas interoperáveis, como o Global Cross-Border Privacy Rules Forum, desempenharão um papel vital para permitir o crescimento, enquanto abordam eficazmente preocupações cruciais de privacidade e segurança”.

A privacidade continua a ser um fator-chave na confiança dos consumidores, com 86% das organizações a observar impactos positivos, apesar dos custos de conformidade. A maioria dos consumidores (81%) sente-se confiante na proteção dos seus dados, especialmente aqueles que conhecem as leis de privacidade.

A crescente familiaridade com a inteligência artificial generativa traz preocupações sobre a privacidade, com 64% dos inquiridos receosos de partilhar informações confidenciais. No entanto, as empresas estão a investir mais em governança de IA, com 99% a preverem alocar mais recursos para este setor, visando uma implementação segura da tecnologia.