Analysis

Scams e fraudes de marcas aumentam 135% no Médio Oriente e em África

Segundo uma análise do Group-B, o setor financeiro foi o mais visado

10/08/2023

Scams e fraudes de marcas aumentam 135% no Médio Oriente e em África

O número de sites falsos e de scam descobertos pertencentes a marcas respeitáveis no Médio Oriente e em África aumentou 135% no ano passado. Os dados do Group-B indicam que houve um aumento de 162% nas deteções de “brand impersonation” da marca em geral na região. 

Sharef Hlal, chefe da Digital Risk Protection Analytics Team do Group-B, disse que “o aumento de scams no Médio Oriente e em África foi menor do que na região da Ásia-Pacífico, onde o número subiu 211% em 2022”.

Os especialistas perceberam que os scammers estão a utilizar uma vasta quantidade de domínios e contas de redes sociais para alcançar um maior número de potenciais vítimas e evitar uma resposta. Por exemplo, o programa de scam-as-a-service conhecido como Classiscam teve um crescimento notável; até à data, o Group-IB identificou 1.366 grupos Classiscam a imitarem 251 marcas de 79 países. O Group-IB estima que o prejuízo financeiro deste esquema de fraude é de pelo menos 64 milhões de dólares americanos.

Além disso, houve um rápido aumento no número de recursos de fraude hospedados no domínio .tk. O domínio não cobra para registrar sites, diz respeito a Tokelau, um território da Nova Zelândia, e responde por 38,8% de todos os recursos de scams examinados pelo Group-IB no segundo semestre de 2022.

Sharef Hlal diz que a maior parte da atividade consiste em sites falsos que são vinculados nas redes sociais. “Os scammers podem criar uma grande quantidade de contas falsas onde podem publicar posts patrocinados para aumentar o potencial alcance”, observou. O Group-IB descobriu que 92% dos golpes que se passaram por empresas MEA tinham por base redes sociais, contra 80% em 2021.

No total, os peritos detetaram um aumento de 304% dos recursos de fraude a nível global que utilizaram o nome e a semelhança de marcas legítimas. Marcas de toda a região do Médio Oriente e África foram alvos de scammers, sendo finanças, telecomunicações e logística os três setores mais visados, juntamente com petróleo e gás.

O setor financeiro foi o mais visado, já que 74,2% das violações de propriedade intelectual, como uso ilegal de marcas, deturpação de parcerias de marcas, publicidade fraudulenta, contas falsas de redes sociais e aplicações de marca falsas visaram empresas desse vertical”, diz Sharef Hnal.

 


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