Analysis
No que concerne os principais setores, as utilities foi o mais atacado no mês de dezembro, e, após um mês fora do Top 3, o setor da saúde volta a estar entre os setores mais afetados a nível nacional
19/01/2023
Tanto a nível mundial como em Portugal, o malware Qbot, desenhado para roubar credenciais bancárias, foi o que mais afetou as empresas no último mês do ano. O Índice Global de Ameaças de dezembro de 2022 da Check Point Research indica que o mês também ficou marcado pelo regresso do Glupteba, um Trojan botnet, ao Top 10 a nível mundial. Apesar da Google ter conseguido afetar de forma significativa, em dezembro de 2021, as operações da Glupteba, parece que o malware voltou em força no mês de dezembro, com uma nova variante modular. O botnet é utilizado como um downloader e infeta os dispositivos com outros malwares, o que pode significar que o malware pode ser utilizado para ataques de ransomware, por exemplo. O Glupteba pode também ser utilizado para roubar credenciais, sessões e cookies dos dispositivos infetados. Assim, podem aceder as plataformas das vítimas e roubar dados sensíveis ou outro tipo de ação. Este malware é normalmente utilizado para instalar funções de criptomineração. Em dezembro, o Hiddad também apareceu, pela primeira vez em 2022, na lista dos três principais mobile malwares. O Hiddad é um malware de distribuição de anúncios, que visa dispositivos android. Este malware simula aplicações legítimas e depois é lançado nas lojas de aplicações não oficiais. A sua principal função é a de exibir anúncios, mas também pode obter acesso a detalhes chave de segurança integrados no sistema operativo. “Um dos temas mais impressionantes que temos assistido nas nossas últimas pesquisas, é a frequência com que os malwares se disfarçam de softwares legítimos, para dar aos hackers os acessos aos dispositivos, sem levantar suspeitas. Por isso, é importante de realizar as devidas diligências, quando se está a realizar o download de um software na internet ou a clicar num link, mesmo que estes aparentem ser genuínos”, comenta Maya Horowitz, VP Research at Check Point Software. Este mês, não houve alteração a nível dos principais setores atacados a nível mundial, sendo que a Educação/Investigação continua a ser a indústria mais atacada, seguida pelo Administração Pública/Defesa e por fim a saúde. Em Portugal, o setor da Utilities foi o mais atacado no mês de dezembro, seguido pelo setor das Saúde e por fim o setor Financeiro/Bancário. Principais famílias a nível mundial
Principais famílias em PortugalPortugal, segue a tendência mundial com o Qbot, que foi o malware mais difundido este mês, com 11,93% das empresas afetadas, seguido pelo XMRig e do Nanocore com 5,13% e 2,74%, respetivamente. Principais vulnerabilidades exploradas
No Top Mobile Malwares, no mês de dezembro, o Anubis manteve o primeiro lugar como o malware móvel mais difundido, seguido pelo Hydra e o Joker. |