Analysis

Relatório aponta aumento de ataques a carteiras de criptomoedas e novos vetores de ataque

A Eset destaca os infostealers como uma ameaça crescente, com carteiras de criptomoedas, especialmente no macOS, a serem alvo principal dos cibercriminosos

24/12/2024

Relatório aponta aumento de ataques a carteiras de criptomoedas e novos vetores de ataque

De acordo com o Threat Report da Eset, que fornece uma análise detalhada do cenário de ciberameaças no segundo semestre de 2024, os infostealers e as ameaças direcionadas a carteiras de criptomoedas emergiram como as mais proeminentes no panorama de cibersegurança.

Por outro lado, as alterações nas ferramentas de roubo de dados e o aumento das deteções de cryptostealers indicam uma adaptação contínua dos atacantes que se mantiveram ativos num ambiente cada vez mais digitalizado, encontrando sempre novas formas de explorar vulnerabilidades.

Os dados de carteiras de criptomoedas, impulsionados pelos valores recordes alcançados no mercado, tornaram-se um alvo prioritário. A telemetria da Eset revelou um aumento significativo nas deteções de cryptostealers, principalmente em plataformas como Windows e Linux. Contudo, o aumento mais dramático foi registado no macOS, onde as ameaças focadas em credenciais de carteiras de criptomoedas cresceram 127% face ao primeiro semestre de 2024. Este fenómeno reflete a crescente sofisticação dos ataques, que se alargam para dispositivos e sistemas operacionais antes considerados mais seguros.

Além das ameaças tradicionais, a Eset identificou um novo vetor de ataque que explora tecnologias emergentes como os Progressive Web Apps (PWA) e WebAPK. Estas ferramentas permitem que aplicações maliciosas sejam instaladas sem a necessidade de permissões explícitas, o que coloca em risco os utilizadores de Android e iOS. O relatório alerta para um aumento das campanhas de phishing, com os atacantes a tirarem partido destas tecnologias para distribuir malware e roubar credenciais bancárias.

As redes sociais, que já são um terreno fértil para fraudes, tornaram-se ainda mais complexas, com o uso crescente de vídeos deepfake para atrair vítimas para esquemas de investimento fraudulentos. A Eset registou um aumento de 335% nas deteções desses golpes, designados como HTML/Nomani. Além disso, novos ataques direcionados aos utilizadores de plataformas como Booking.com e Airbnb também foram identificados, com os criminosos a utilizar kits de ferramentas como o Telekopye para enganar vítimas através de páginas de pagamento fraudulentas.


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