Analysis
Segundo dados da Check Point, cada organização registou, em média, 1.065 ciberataques por semana durante os primeiros três meses de 2023
02/05/2023
A Check Point Research (CPR) analisou os primeiros três meses do ano e divulgou recentemente as estatísticas e tendências dos ciberataques a nível global relativas ao primeiro trimestre de 2023, revelando que as perturbações continuam em alta. Embora o volume de ataques tenha aumentado apenas ligeiramente, tem se assistido a várias campanhas sofisticadas de cibercriminosos que estão a encontrar formas de utilizar ferramentas legítimas para ganhos maliciosos. Um exemplo recente foi a utilização do ChatGPT para a criação de código que pode ajudar os agentes de ameaças menos qualificados a lançar ciberataques sem esforço. A equipa da CPR também descobriu o ransomware mais rápido alguma vez visto, o que demonstra como os atacantes continuam a cometer crimes cibernéticos. Apesar do aumento moderado, é importante não ser complacente. A Check Point argumenta que os CISO precisam de se concentrar no desenvolvimento e implementação de uma estratégia de segurança que elimine quaisquer pontos cegos e fraquezas em todo o panorama digital das empresas. Pode tratar-se de um ambiente de desenvolvimento de TI paralelo, de um acesso remoto ou de um vetor de correio eletrónico que constitua uma oportunidade para uma violação cibernética. A nível mundial, durante o primeiro trimestre de 2023, a média global de ataques semanais aumentou 7% face ao mesmo período em 2022, com cada organização a enfrentar uma média de 1.248 ataques por semana. No primeiro trimestre de 2023, o setor da Educação/Investigação foi o mais atingido com o maior número de ataques, com uma média de 2.507 ataques por organização por semana, o que representa um aumento de 15% em relação ao primeiro trimestre de 2022. O setor Administração Pública/Defesa foi o segundo mais visado, com uma média de 1.725 ataques por semana, o que indica um aumento de 3% em relação ao ano anterior. O setor da Saúde registou um aumento significativo de ataques, com uma média de 1.684 ataques por semana, o que representa um aumento substancial de 22% em relação ao ano anterior. No entanto, a mudança mais significativa ocorreu no sector do Retalho, que registou o maior aumento, de 49%, em relação ao ano anterior, com uma média de 1.079 ataques por semana. Já em Portugal, os dados da CPR revelam que houve uma média semanal de 1.065 ataques por organização, valor acima da média europeia, o que representa um aumento de 2% face ao primeiro trimestre de 2022. |