Analysis
No terceito trimestre houve um aumento de 28% dos ciberataques, contudo, Portugal foi contra a tendência com uma diminuição de 19%
09/11/2022
Novos dados da Check Point Research (CPR) indicam que houve um aumento de 28% dos ciberataques no terceiro trimestre, em comparação com o período homólogo. Portugal foi contra a tendência e assistiu a uma diminuição de 19% no número de ataques médios por empresa, estando abaixo da média mundial, com uma média de 922 ataques por empresa. O número médio de ataques sofridos por organização foi de 1130. Apesar de se ter registado um ligeiro aumento, este foi menos expressivo quando comparado com anos anteriores, devido a uma melhor preparação por parte das empresas, reflete a CPR. A nível mundial, o setor da educação, é o mais afetado a nível mundial, sendo que obteve um aumento de 18% a nível global no número de ataques quando comparado com o mesmo período de 2021. Como região, a Ásia registou o maior número de ciberataques no terceiro trimestre, com uma média de 1.778 ataques semanais por organização, o que representa um aumento de 21% em comparação com o mesmo período do ano passado. O maior crescimento individual registou-se nos Emirados Árabes Unidos, com um aumento de 151% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a Europa registou um aumento de 22%, com uma média de 896 ataques por organização. O relatório aponta o ransomware como a ameaça número um para as organizações, subindo até aos níveis de ataques de Estados-nação. Globalmente, o número de ataques de ransomware caiu 8%, segundo a CP devido a uma mudança para métodos alternativos de ataque, tais como botnets e hacktivismo, calculam. No entanto, o ransomware continua a merecer a maior atenção do público e a causar a maior perturbação. O setor da saúde foi a indústria mais visada em termos de resgates, com uma em 42 organizações afetadas pelos resgates, um aumento de 5%. O segundo setor foi o ISP/MSP, onde uma em 43 organizações foi afetada, um decréscimo de 25% em relação ao ano anterior. Seguiu-se a indústria financeira/bancária, onde uma em cada 49 organizações foi afetada pelo ransomware, indicando um aumento de 17% no último ano. O sector retalhista/grossista registou o maior aumento de ataques de ransomware, um aumento de 39% em relação ao terceiro trimestre de 2021 |