Analysis
Estudo aponta que 68% das organizações não estão a remediar as vulnerabilidades críticas em menos de 24 horas e revela, também, que os dados fragmentados e os processos em silos expõem as empresas a maiores riscos
21/01/2025
Um novo estudo aponta que 68% das organizações assumem demorar mais de 24 horas a remediar uma vulnerabilidade crítica. O estudo da Swimlane – “Under Pressure: Is Vulnerability Management Keeping Up?” –, que entrevistou 500 decisores de cibersegurança nos Estados Unidos e no Reino Unido, revela, ainda, que os dados fragmentados de vários serviços, pontuações de risco isoladas e colaborações deficientes entre equipas estão a deixar as organizações cada vez mais expostas a violações de dados e falhas de conformidade. “A crescente complexidade da gestão de vulnerabilidades está a levar as organizações a repensar a forma como abordam as estratégias de segurança, risco e conformidade em toda a organização”, referiu, em comunicado, Michael Lyborg, CISO da Swimlane. “Já não se trata apenas de corrigir vulnerabilidades — trata-se de priorizar aquelas que mais importam para as suas operações. Com as empresas a perderem cerca de 47.580 dólares por colaborador a cada ano devido a tarefas manuais, as organizações já não se podem dar ao luxo de operar no modo reativo do passado”. De acordo com o estudo, 37% das organizações afirmam que a falta de contexto ou informação precisa são os principais desafios para a priorização das vulnerabilidades. Ao mesmo tempo, 35% refere que esta falta de contexto dificulta os esforços de remediação de vulnerabilidades. Diz o mesmo estudo que 55% das organizações ainda não possui um sistema abrangente para a priorização de vulnerabilidades, enquanto 45% tira partido de uma abordagem híbrida, combinando processos manuais e automatizados. As organizações contam com várias ferramentas para a deteção de vulnerabilidades, como gestão da postura de segurança na cloud (71%), scanners de múltiplos endpoints (60%) e scanners de aplicações web (59%). As tarefas manuais consomem recursos significativos, com 57% das equipas de segurança a dedicar entre 25% e 50% do seu tempo às operações de gestão de vulnerabilidades. Mais de metade (55%) gasta mais de cinco horas semanais a consolidar e normalizar os dados de vulnerabilidade, enquanto 51% apontam a utilidade limitada dos resultados do scanner, necessitando de ferramentas e processos adicionais. O estudo afirma que a maioria das organizações (65%) não tem confiança na capacidade dos seus programas de gestão de vulnerabilidades irem ao encontro das necessidades de auditorias e 73% mostram-se preocupados com as possíveis coimas associadas. Por fim, 59% das organizações dizem que as práticas isoladas de gestão de vulnerabilidades estão a criar ineficiências e a expor os seus sistemas a potenciais riscos de segurança. |