Analysis
De acordo com o Worldwide Security Spending Guide do IDC, as crescentes necessidades de segurança, os novos regulamentos e o risco crescente de ataques de ransomware são os principais impulsionadores dos gastos em segurança na Europa
29/03/2023
As crescentes necessidades de segurança, os novos regulamentos e o risco crescente de ataques de ransomware devido à atual situação geopolítica continuam a impulsionar os gastos em segurança na Europa. Os dados são do Worldwide Security Spending Guide do IDC, que indica que os gastos europeus vão crescer 10,6% em 2023, atingindo 71 mil milhões de dólares americanos em 2026. O Reino Unido, a Alemanha e a França são os países que mais gastam em segurança, representando mais de metade do mercado europeu. Na Europa Central e Oriental e República Checa vão ter o crescimento mais rápido em 2023, com mais de 12% em termos homólogos. “O estudo da IDC mostra que disrupções contínuas e um cenário dinâmico de ameaças levaram as organizações europeias a repensar a sua ciber-resiliência e a garantir proativamente que a sua organização mantém uma boa ciberhigiene”, afirmou Romain Fouchereau, research manager da IDC European Security. “A adoção de princípios de zero trust para fortalecer as medidas de segurança e implementar controlos de acesso seguro em redes, aplicações e dispositivos tornou-se uma prioridade máxima, com uma estratégia definida e apoio da gestão sénior para novos investimentos e iniciativas”. Os gastos europeus em software vão liderar o crescimento – em aproximadamente 11% –, mas os serviços de segurança vão ter os que mais vão investir em 2023, refletindo o seu papel fundamental para as organizações europeias em todos os setores, de acordo com a IDC. “Estamos a ver que, além de software e hardware, as empresas europeias também têm uma necessidade muito real por serviços de segurança para garantir as suas operações contínuas e adesão à regulamentação”, explica Vladimir Zivadinovic, senior research analyst da IDC European Data and Analytics. “Isso reflete-se especialmente nas organizações com competências limitadas em segurança, em particular PME em verticais menos maduras digitalmente, como media, manufatura e saúde”. Em 2023, o setor financeiro vai fazer os maiores investimentos na Europa, impulsionando a necessidade de proteção de dados e compliance regulatória. Simultaneamente, as dinâmicas de mercado vão potenciar as instituições financeiras a aumentar a sua capacidade de resposta e agilidade. Os serviços de segurança vão ser fundamentais para desbloquear todo o potencial das suas equipas de IT para se concentrar em novos serviços e na melhoria da experiência do cliente. Ao setor financeiro, segue-se a manufatura, e o setor público em terceiro lugar. A manufatura vai continuar a concentrar-se na proteção de seus ativos industriais, que estarão cada vez mais conectados com a rede de IT corporativa. Por sua vez, a administração pública vai continuar a investir na proteção de dados e na execução das suas iniciativas de transformação digital, que estão a ser alvo de ataques de ransomware cada vez mais sofisticados. |