Analysis
O C-Days, organizado pelo Centro Nacional de Cibersegurança, regressou este ano à cidade do Porto com o objetivo de “naturalizar competências”
Por Rui Damião . 14/06/2021
A Alfândega do Porto recebeu o primeiro de três dias do C-Days, a conferência organizada pelo Centro Nacional de Cibersegurança que, este ano, voltou ao Porto sob o tema “Naturalizar Competências”. Lino Santos, Coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), foi um dos oradores de abertura do evento e relembrou que há dois anos o C-Days se focou na cibersegurança nas pequenas e médias empresas. No ano passado, em plena pandemia, mais de oito mil pessoas assistiram aos fatores que podem permitir e gerir a confiança necessária para abraçar o futuro sem receios e em segurança. Até ao momento, 2021 fica marcado por alguns grandes ataques – como à Colonial Pipeline, à operadora Belnet ou ao serviço nacional de saúde irlandês. O Relatório de Riscos & Conflitos de 2021, realizado pelo Centro Nacional de Cibersegurança, “mostra que o volume de incidentes de cibersegurança em Portugal quase duplicou em 2020, revelando picos com os períodos de maior confinamento de pessoas e, por conseguinte, de maior recurso ao teletrabalho”. Nestes ataques que ocorreram em 2020 em Portugal destacam-se o phishing, o smishing, o ransomware, entre outras fraudes. “Identificar, proteger, detetar, responder e recuperar destas ciberameaças requer, logo à partida, uma atenção redobrada, quer a sensibilização, quer uma forte aposta na criação de competências, tanto para organizações, como para pessoas”, indica Lino Santos. “Para esse efeito”, continua o coordenador, “precisamos de definir como meta ambiciosa essas competências inatas no maior número de pessoas possível, alcançar a imunidade de grupo desta área e tornar naturais os comportamentos e atitudes de cibersegurança”. É com este desígnio que ‘Naturalizar Competências’ é o mote do C-Days deste ano, afirma Lino Santos. De acordo com o coordenador do CNCS, organizar o C-Days em contexto pandémico “não deixou de constituir um desafio para o Centro Nacional de Cibersegurança, desafio esse que se tornou mais aliciante por podermos proporcionar a concretização deste espaço de discussão em pleno semestre da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia”. Neste ponto – “que está a dias de terminar” – Lino Santos indica que é “com grande satisfação” que nos diversos fóruns onde o CNCS marcou presença, tem sido destacado o bom trabalho que tem sido desenvolvido por Portugal. |