Analysis

89% dos líderes de IT receia que falhas nas ferramentas de IA generativa coloquem organizações em risco

Relatório da Sophos revela que apesar da crescente adoção de inteligência artificial generativa em cibersegurança por 65% dos líderes de IT, 89% estão preocupados com potenciais falhas de segurança

30/01/2025

89% dos líderes de IT receia que falhas nas ferramentas de IA generativa coloquem organizações em risco

O relatório “Beyond the Hype: The Businesses Reality of AI for Cybersecurity” da Sophos, que inquiriu 400 líderes de IT sobre o uso de Inteligência Artificial (IA) em cibersegurança, revelou que, apesar de 65% dos líderes de TI terem adotado IA generativa nas suas ferramentas de cibersegurança, 89% estão preocupados com as possíveis falhas destas ferramentas, que podem colocar as suas empresas em risco.

De acordo com outra pesquisa da Sophos X-Ops, tem-se registado uma pequena mudança na forma como os cibercriminosos estão a utilizar a inteligência artificial. Após a investigação de vários fóruns ilícitos, a Sophos X-Ops descobriu que alguns atacantes estão a recorrer à IA generativa para a automatização de tarefas repetitivas, como a criação de e-mails em massa e a análise de dados.

Tal como acontece com muitas outras coisas na vida, o mantra deve ser ‘confiar, mas verificar’ em relação às ferramentas de IA generativas. Na verdade, não ensinamos as máquinas a pensar; simplesmente fornecemos-lhes o contexto para acelerar o processamento de grandes quantidades de dados”, afirma Chester Wisnieswski, Chief Technology Officer da Shopos. “O potencial destas ferramentas para acelerar as cargas de trabalho de segurança é incrível, mas ainda requer o contexto e a compreensão dos seus supervisores humanos para este benefício seja percebido”.

 Segundo o relatório, empresas com tamanhos diferentes apresentaram diferentes prioridades para a utilização de IA generativa. As grandes organizações (com mais de mil colaboradores) têm como prioridade melhorar a proteção, enquanto as empresas inquiridas que têm entre 50 e 99 trabalhadores consideraram a redução do burnout dos colaboradores como o principal benefício do uso das ferramentas de IA generativa.

No entanto, em todos os tamanhos de organizações, 84% dos líderes de IT inquiridos revelaram estar preocupados com a pressão para reduzir o número de profissionais de cibersegurança devido a expectativas irrealistas sobre as capacidades da inteligência artificial de substituir operadores humanos.

O relatório também revela que 75% dos líderes inquiridos consideram difícil quantificar os custos realizados com a introdução de IA generativa em produtos de cibersegurança. Apesar de 80% dos líderes acreditar que a IA generativa vai aumentar significativamente os custos das ferramentas de cibersegurança, 87% confia que a poupança criada pela IA generativa vai compensar as despesas gerais de cibersegurança.


NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT SECURITY Nº22 Fevereiro 2025

IT SECURITY Nº22 Fevereiro 2025

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.